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Niterói paga mais R$3 mi por obra parada

Escrito por Gilson Monteiro às 11:26 do dia 28 de dezembro de 2016
Sobre: TransOceânica
28dez

fazequebraEnquanto o prefeito Rodrigo Neves “entrega” à população o túnel Charitas-Cafubá, a construção da TransOceânica está sendo refeita em mais um trecho, em frente ao Barravento, na Estrada Francisco da Cruz Nunes. Apesar do erro, que teria sido causado pela instalação de armações de ferro com bitola inadequada para sustentar o trânsito de ônibus na via expressa dos BHS (que um dia deverão circular por ali), a prefeitura aumentou em mais R$ 3,240 milhões o contrato assinado com o Consórcio Transoceânica Niterói, que originalmente era de R$ 310 milhões.

Desde o dia 19/12, porém, o quebra-quebra da pista de BHS malfeita está paralisado porque deu defeito na retroescavadeira utilizada pela Constram (empresa que participa do consórcio e faz parte do grupo de Ricardo Pessoa, empreiteiro réu da Lava-Jato).

Um comerciante estabelecido no Barravento há 18 anos, reclama do prejuízo que está tendo com a obra feita e refeita. Diz que a travessia da estrada ficou perigosa para os pedestres e que os retornos distantes e a falta de estacionamento acabaram por espantar boa parte de sua freguesia.

untitled-1Um dia antes de o prefeito Rodrigo Neves atravessar com seu séquito uma das galerias do túnel Charitas-Cafubá, dando-o como “entregue, mas não inaugurado” porque falta todas as vias de acesso serem pavimentadas e abertas, o Diário Oficial publicou o Termo Aditivo número 2 ao contrato 51/2014. Pelo documento, a Emusa (empresa municipal de obras da prefeitura) aumentou o valor do contrato com o Consórcio Transoceânica, em mais R$ 3,240 milhões para a empreiteira concluir a obra, quem sabe, até o dia da próxima inauguração a ser feita por Rodrigo.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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3 thoughts on “Niterói paga mais R$3 mi por obra parada

  1. Gastar esse dinheiro todo com concreto e ferragem para usar ônibus comum ? Seria infinitamente mais barato copiar o mesmo sistema da Alameda, ou seja, somente segregar a pista para os ônibus. Sem falar que nos pontos de ônibus não tem um recuo como no sistema do BRT. Quando um ônibus parar todos terão que parar, pensar deve doer muito!

  2. Deve estar fazendo caixa. Fiquei sabendo que o prefeito sai do PV e entra no PDT para que possa ser CANDIDATO ao GOVERNO DO ESTADO e logo seu vice assume a prefeitura.

  3. Só não consigo entender como que o povo foi convencido a acreditar nessa obra, pois as evidências já mostravam essas falhas e derrame de verba.

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