Santo de casa só faz milagre na Prefeitura de Niterói se der Ibope e servir ao marketing eleitoreiro. O jornalista do bordão “toca o barco”, consagrado pelo seu talento reconhecido por três Prêmios Esso (o maior da carreira jornalística), está esquecido. Logo pela cidade que tanto amava e divulgava seus encantos através das suas colunas em O Globo, Jornal do Brasil, programas na rádio Band News e nas TVs Bandeirantes e Globo.
Na semana passada, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, deu o nome do jornalista Ricardo Boechat ao viaduto Paraíso, na Zona Sul de São Paulo. Antes, a prefeitura de Niterói dera o nome dele, em novembro de 2020, a um pequeno espaço no calçadão da praia de São Francisco, em frente de onde ele jogava suas peladas num campinho de areia.
Sem fazer comparações nem nada contra – até porque eram dois estilos completamente diferentes e em áreas distintas –, o consagrado ator Paulo Gustavo (que também enalteceu Niterói onde quer que fosse) teve rapidamente seu nome dado à badalada Rua Moreira César, em Icaraí, quando mal acabara de falecer. E mais. Está sendo lembrado com a instalação de duas estátuas, uma do ato e outra da personagem Dona Hermínia, no Campo de São Bento.
O arquiteto propôs, para criar o formato de um barco, que seja utilizado o mesmo tipo de pedra natural já presente no local. O assoalho interno do “barco” formado pelas pedras deverá ser revestido com porcelanato madeirado. No centro está prevista a instalação de uma escultura representando Boechat sentado, com um pé descalço sobre uma bola e outra calçando seu chinelo.
Márcio Franco da Cruz diz que Boechat “certamente odiaria” ser representado de pé, paletó e gravata sobre um pedestal. O projeto do espaço “Toca o Barco” foi entregue por Marcio ao ex-secretário estadual de Educação, Comte Bittencourt, para que este levasse a proposta arquitetônica ao governo municipal. Ao que tudo indica, o projeto jaz esquecido em alguma gaveta empoeirada.
Não fosse a edição e o lançamento em Niterói, em 2019, pela Máquina de Livros, da coletânea Toca o barco – Histórias de Ricardo Boechat contadas por quem conviveu e trabalhou com ele, o querido jornalista estaria esquecido pela sua cidade do coração. Nascido na Argentina, Boechat mudou-se pequeno para Niterói onde viveu com a família em São Francisco até largar o Centro Educacional e ir para o Diário de Notícias onde tudo começou. Foi em 1969. Manteve uma relação de profunda e incendiária paixão e amor por Niterói, em especial por São Francisco, o seu bairro.
Com organização e edição de Bruno Thys e Luiz André Alzer, o livro que já teve mais de duas reimpressões, dada a sua grande procura, traz histórias e bastidores fascinantes contados por 32 colegas que trabalharam, conviveram, sofreram e se divertiram com o Boechat. São eles, este colunista ao lado de nomes consagrados da imprensa, como Ana Cláudia Guimarães, José Simão, Ancelmo Gois, Datena, Leilane Neubarth, Fernando Mitre, Gilda Mattoso, Joaquim Ferreira dos Santos, Milton Neves, Angela de Rego Monteiro, Luiz Megale, Aluizio Maranhão, Rodolfo Schneider, Flávio Pinheiro, Telma Alvarenga.
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