Empresas envolvidas com a Operação Lava-Jato continuam atuando em Niterói. A Prole Serviços de Propaganda teve seu contrato prorrogado por mais três meses pela prefeitura, ao custo estimado de R$ 3,750 milhões. O ato foi publicado no Diário Oficial de sábado (24/06) e ressalva que essa empresa que já recebeu mais de R$ 50 milhões dos cofres públicos será substituída assim que a Secretaria Municipal de Governo concluir novo processo licitatório, aberto em março deste ano.
A agência de publicidade contratada para mostrar as “realizações” do prefeito Rodrigo Neves, pavimentando sua candidatura ao governo do Estado em 2018, foi acusada na Lava-Jato de ter lavado dinheiro para a campanha de políticos. Um de seus sócios, o publicitário Renato Pereira, chegou a oferecer contar o que sabia em delação premiada.
A Prole foi contratada pela Prefeitura de Niterói em 2014 para prestar serviços de propaganda por 12 meses, ao custo de R$ 15 milhões. Em 2015, o contrato foi prorrogado até março de 2016, pelo mesmo valor de R$ 15 milhões; depois dilatado em doze meses até março de 2017, por mais R$ 15 milhões. Em 2015 e em 2016, a Prole assinou dois aditivos com a prefeitura, aumentando a despesa da municipalidade em cerca de R$ 5 milhões e, agora, teve nova prorrogação de contrato por três meses, no valor de R$ 3,75 milhões.
A prefeitura de Niterói gasta, ainda, R$ 5,4 milhões com a FSB Estratégia em Comunicação para a empresa fazer assessoria de imprensa desde novembro de 2015. A FSB contratou jornalistas da própria assessoria do gabinete de Rodrigo Neves, para cuidar, principalmente, da imagem na mídia do prefeito que trocou o PT pelo PV.