Os amigos que Tereza Cristina Van Brussel Barroso deixou em Niterói ficaram consternados com sua morte, aos 57 anos. Ela enfrentou anos de luta contra um câncer ósseo, localizado no fêmur. Mulher bonita e elegante, Tereza deixa viúvo o ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e um casal de filhos, Luna e Bernardo.
Criada no Pé Pequeno, região encravada no bairro de Santa Rosa, Tereza Cristina exerceu com dignidade a atividade que amava no mundo da moda, mantendo sempre sua simplicidade, discrição, bondade e espírito alegre até o último suspiro de mãos dadas com a mãe, dona Deta, no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília.
Quando jovem, ela cursou as faculdades de Direito e de Letras, porém optou por seguir carreira na Moda, realizando um sonho de criança e sua verdadeira vocação. Antes, estudou nos colégios Machado de Assis e Gay Lussac.
Depois de montar sua confecção em Niterói, conheceu o então professor da UERJ e procurador do Estado Luiz Roberto. Passaram-se poucos meses de travessia de barcas, e ele a pediu em casamento. Foram, então, morar no Rio. Após o nascimento de Luna e de Bernardo, Tereza passou o negócio para se dedicar exclusivamente à família.
Com a nomeação de Luiz Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal, Tereza Cristina mudou-se para Brasília e reativou sua atividade empresarial do mundo da moda. A projeção social e a mudança para a capital não a afastaram do contato carinhoso com as amizades niteroienses. Era uma pessoa de bem com a vida que não deixava transparecer a doença.
Nos tempos do Pé Pequeno, seu sorriso e alegria pulsavam em sua volta. Glorinha, Miguel, e D Deta chamando os pela janela do prédio de R Itaocara, reverberam sempre, ali embaixo era uma das sedes do clube da esquina. Tempos da matinê da San Francisco, as festas no bairro tinham sempre sua presença.
Embora não mais convivesse com ela, por ter me mudado, fica a boa lembrança, e a saudade de “nossa linda juventude, páginas de um livro bom”. Que esteja em Paz, meus sentimentos de conforto a toda família.
Querida amiga que a vida me presenteou. Ficamos amigos, muito amigos, aos 16 anos tratando-a sempre como uma prima bem próxima. A família, D. Deta, Miguel, Glorinha e Ankie, faz parte do meu coração. Deixará muita saudade. Amava-a não como uma prima e sim como uma irmã. Uma das pessoas mais especiais que já conheci, se não a mais especial. Meus sentimentos aos filhos, Luis Roberto , D. Deta e familia. Amo todos vocês.