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Niterói é a primeira do RJ em habitantes com ensino superior completo

Escrito por Gilson Monteiro às 14:59 do dia 26 de fevereiro de 2025
Sobre: Cidade diplomada
26fev
O Censo 2022 mostra que o nível de instrução das mulheres supera o dos homens em todo o país / Foto: Divulgação Formes

Niterói é a cidade fluminense com maio⁰r número de habitantes no ranking daquelas com curso superior completo. Os dados são do Censo Demográfico 2022: Educação: Resultados Preliminares da Amostra, divulgado nesta quarta-feira (26/02) pelo IBGE.  Em todo o país, o município está em terceiro lugar das cidades com mais moradores com ensino superior. Quarenta e três por cento dos 481 mil habitantes niteroienses tinham nível superior completo, segundo a pesquisa do IBGE.

Ainda no Estado do Rio de Janeiro estão os municípios brasileiros com menos pessoas com ensino superior. O ranking das dez piores do Brasil é liderado por Belford Roxo (6%), seguido por São João de Meriti (8%), Queimados (8%) e Magé (9%).

A cidade do Rio de Janeiro não fica entre as dez com mais diplomados de nível superior. Estes representavam 28% da população carioca de 16 milhões de habitantes. Dentre os municípios vizinhos de Niterói, Maricá registrou 21% de diplomados moradores na cidade; e São Gonçalo, 12%.

No Brasil, São Caetano do Sul (SP) lidera o ranking com a metade de seus 165 mil habitantes com terceiro grau completo, seguido por Águas de São Pedro (44% de seus 3 mil moradores), e Niterói (43% dos 481 mil habitantes).

Segundo o IBGE, de 2000 a 2022, na população do país com 25 anos ou mais de idade, a proporção de pessoas que tinham nível superior completo cresceu 2,7 vezes: de 6,8% para 18,4%. Nesse período, o percentual de pessoas sem instrução ou sem concluir o ensino fundamental caiu de 63,2% para 35,2%. Além disso, a população nessa faixa etária com nível “Médio completo e superior incompleto” cresceu de 16,3% para 32,2% entre 2000 e 2022, enquanto as pessoas com “Fundamental completo e médio incompleto” passaram de 12,8% para 14,0%.

Mulheres na frente

O Censo 2022 mostra que o nível de instrução das mulheres supera o dos homens. Entre as mulheres com 25 anos ou mais, 20,7% tinham nível superior completo, proporção que entre os homens da mesma faixa etária era de apenas 15,8%. Já a proporção da população com 25 anos ou mais sem instrução e com fundamental incompleto era de 37,3% entre os homens e 33,4% entre as mulheres.

De 2000 a 2022, proporção de pretos e pardos com nível superior ficou cinco vezes maior. Segundo Bruno Perez, um dos analistas deste módulo do Censo 2022, “o aumento da proporção de pessoas com nível superior ocorreu para todos os grupos de cor ou raça”.

Em 2000, a proporção da população branca com 25 anos ou mais que tinha nível superior (9,9%) era mais de quatro vezes superior ao verificado na população de cor ou raça parda (2,4%) e preta (2,1%).

De 2000 para 2022, essas proporções se elevaram 2,6 vezes para a população branca (25,8%), 5,2 vezes para as pessoas de cor ou raça parda (12,3%) e 5,8 vezes para a população preta (11,7%).

A proporção de pessoas com nível superior é mais alta entre a população amarela: 44,1% tinham nível superior completo, enquanto apenas 17,6% possuíam o nível “Sem instrução e fundamental incompleto”.

O maior percentual de pessoas com 25 anos ou mais sem instrução e com ensino fundamental incompleto estava entre a população de cor ou raça preta (40,5%) e parda (40,1%). Para a população de cor ou raça branca da mesma faixa etária, a proporção de pessoas sem instrução com ensino fundamental incompleto era de 29,2%.

A população de cor ou raça indígena apresentou o menor nível de instrução. Entre as pessoas de cor ou raça indígena de 25 anos ou mais, apenas 8,6% tinham nível superior completo, enquanto mais da metade (51,8%) não tinham instrução ou possuíam apenas ensino fundamental incompleto.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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