Quando passo pelo Centro de Niterói me dá uma tristeza enorme ao observar o Hospital Santa Cruz fechado, apesar de sua importante trajetória dedicada à saúde desde a fundação pelos portugueses em 1909 até o fechamento em 2013. Hoje o que se vê ali na Rua Dr Celestino é um mais que centenário prédio se deteriorando pelo tempo.
Experientes e respeitados médicos dizem que falta a Niterói uma política voltada para o pessoal da terceira idade. O prefeito Axel Grael poderia ter um gesto de grandeza com aquele patrimônio e desapropriá-lo por utilidade pública, ressignificando-o pelo muito que representou para a saúde da cidade.
Em seguida, o município instalaria ali um hospital geriátrico para atendimento exclusivo dos idosos que hoje representam 23,8% da população de 482 mil habitantes, de acordo com o último censo do IBGE.
O complexo da Beneficência Portuguesa, dona do Santa Cruz, inclui ainda um prédio de oito andares que já foi um abrigo mantido pela colônia lusa na Rua Moacir Padilha, que fica nos fundos do hospital.
Milhares de crianças nasceram e outras milhares de vidas foram salvas no Santa Cruz graças às mãos de competentes doutores que se dedicaram de corpo e alma, por dezenas de anos, àquele importante hospital da cidade.
Ali também trabalhou com afinco um timaço de profissionais das mais diversas áreas da saúde como enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas que davam suporte e também se empenhavam em manter o hospital num nível elevado de atendimento, quando ainda não existiam os equipamentos modernos e sofisticados de hoje.
O Santa Cruz tinha uma equipe de médicos do mais alto padrão e que era respeitada a nível nacional. Por lá atuaram muitos professores da UFF e de outras universidades das mais diversas especialidades. Ao longo de seu funcionamento registrou o pioneirismo de vários procedimentos médicos, como a alimentação parenteral e avanços nas cirurgias cardíaca, torácica, buco-maxilo-facial e pediátrica.
Axel Grael desapropriou a antiga Estação da Cantareira em São Domingos para transformá-lo num Distrito Criativo, e o Castelinho do Gragoatá para ser a sede da Coordenadoria da Bicicleta. Justificou esses atos pelo valor histórico dos imóveis e a oportunidade para fomentar o turismo na região.
O Hospital Santa Cruz carrega significativa parte da memória da saúde e da medicina de Niterói e guarda também um pouco da importância da Colônia Portuguesa para o desenvolvimento da ex-capital fluminense. Reaproveitar seu patrimônio seria uma iniciativa compatível com os projetos de requalificação do Centro.
os que tem já estão péssimos e o sta cruz é péssimo para acessar, somente de carro , deveria tercealizar esses serviço com os complexos haspitalares da amil e rede dor que temos na cidade sairia muito mais barato.
um abraço
ricardo
Um hospital ou centro de atendimento imediato e específico a idosos, não seria apenas de bom tom pelos benefícios daí decorrentes, mas principalmente pelo desafogo aos outros centros de atendimento, promovendo melhor conforto aos necessitados.
O atendimento ao idoso, pelas características próprias e especiais a ele cometidas, constitui ou deveria constituir prioridade absoluta aos que estão à frente da Municipalidade. Por que não implementá-lo desde logo, por isso subscrevo e louvo con maior entusiasmo , a ideia revigorante desse grande jornalista niteroense que nos orgulha sempre com seus projetos de indiscutível interesse público. Uma ideia que iria eternizar GRAEL no mastro das felizes iniciativas em nosso Município. Um presente notável á população de cabelos brancos, que merece ,nas gerações vindouras, as nossas homenagens. Faça isso GRAEL, já já, sem rebucos!
Quem sabe um grande grupo do ramo hospitalar se interesse em construir um novo hospital que atenda o povo.