A arrogância do petismo não permite que o prefeito de Niterói faça uma visita à Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio, CET-Rio, para aprender como eles operam o trânsito da segunda cidade do país. É só o prefeito atravessar a ponte e dar um pulo na Avenida Presidente Vargas 817, Centro. Não precisa ir a Paris, Amsterdã, Londres. A solução está a dez quilômetros de Niterói.
A petulância petista transformou Niterói numa cidade sitiada. Em todos os dias úteis o trânsito fica congestionado, prejudicando passageiros de ônibus, vans, táxis, carros particulares. É impossível, por exemplo, encontrar fluxo leve em vias como Lopes Trovão, Presidente Backer, Álvares de Azevedo, Gavião Peixoto, em Icaraí, onde o trânsito fica literalmente parado. No Ingá, muitos problemas, Santa Rosa, idem. Cubango, Fonseca, Centro…
A solução não é gastar com publicidade que “vende” Niterói como terra da mobilidade urbana. Como? Que mobilidade existe na Alameda São Boaventura, na Marques do Paraná, no Largo do Marrão? E na Região Oceânica? Um taxista me disse que gasta 20% mais de gás natural para tentar rodar em Niterói do que no Rio.
A solução seria formar novos contingentes de agentes de trânsito para ocuparem todos os pontos estratégicos da cidade ao longo de todo o dia. A solução está no apito e no talão de multas. Rio, São Paulo e Nova York mostram isso. Aliás, por que entre meio dia e 14 horas os poucos agentes desaparecem? É hora do almoço? O trânsito em Niterói pode, sim, ficar mais ágil, basta ter muitos agentes treinados, planejamento e humildade para copiar o que dá certo na capital do estado.
Além do trânsito, a violência sitia os cidadãos. Volta e meia acontecem assaltos, roubos, invasões, arrastões e não existem mais regiões prioritárias. A violência está em todos os bairros de Niterói, 24 horas por dia. Tirando da reta, o prefeito ex-petista tem como hábito dizer que “isso é um problema de toda a região metropolitana”. No entanto, não foi construindo aquele fliperama milionário chamado Centro Integrado de Segurança Pública, Cisp, que segundo O Globo custou R$ 20,5 milhões, que pelo menos parte do problema foi resolvido. As câmeras podem até flagrar crimes, mas se não há polícia para chamar elas perdem a razão de existir.
Candidato a governodor em 2018, o prefeito ex-petista quer cobrir o sol com um bambolê. O cidadão é submetido a outro fator que sitia a cidade: as inundações em dias de chuvas fortes. Dias atrás, um rápido temporal de 25 minutos fez o canal da Alameda São Boaventura transbordar, avenidas como Roberto Silveira e Rua Gavião Peixoto viraram rios. Como a prefeitura não limpa os canais e não investe nada em drenagem, a cidade corre o risco de ficar sitiada também em dias de temporais, normais na primavera e verão dos trópicos. Niterói não é Paris.
Investir em drenagem não agrada os políticos porque são obras invisíveis, embaixo da terra. Melhor fazer chacrinha com Cisp, túneis e arvore de Natal. Aliás, por falar em túnel parece que a ficha dos moradores de São Francisco e Charitas finalmente caiu. Agora perceberam que o tráfego megapesado do túnel Charitas-Cafubá vai transformar os bairros num caos.
Mas parece que agora é tarde.
Sorry, Gilson, mas discordo de que a PREFEITURA de NITERÓI possa aprender com a do Rio de Janeiro! Considero as duas extremamente incompetentes! A exemplo do esvaziamento do terminal hidroviário do Rio, causado certamente pela falta de integração com outros terminais, rodoviário, metroviário, etc, Enquanto em países como a Turquia, a utilização de Barcas e lanchas é largamente usado como ligação entre bairros, aqui o transporte hidroviário é caro e está ” deficitário” com queda na demanda! Será possivel que não saibam que deveriam interligar os transportes??Atualmente a POPULAÇÃO quando chega na praça XV precisa caminhar bastante para utilizar outros transportes para chegar nas zonas sul e norte! Além da falta total de informação sobre os ” pontos” de ônibus e mudanças das suas linhas!