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Niterói: a vitória dos votos nulos, brancos e ausentes

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Em Niterói um total de 148 mil pessoas não votou em nenhum dos dois candidatos, seja deixando de comparecer ou votando nulo e em branco. Em segundo lugar, com 130 mil votos, o prefeito ex-petista Rodrigo Neves foi reeleito e Felipe Peixoto obteve 92 mil votos.

Não é preciso teorizar para saber porque nulos, branco e ausentes “venceram” a eleição. A população de Niterói “chutou” as urnas em claro sinal de protesto contra a situação da cidade. Os teóricos petistas municipais tentam dissimular e falam em “crise da esquerda”, “situação nacional”, enfim, não aceitam (a velha arrogância petista) o desejo da maioria dos eleitores de não votar em ninguém.

Quem paga IPTU, ISS, dá para a prefeitura 15% do valor total da conta de luz (a facada se chama Contribuição de Iluminação Pública) e outras taxas não aguenta mais esperar. Esperar, por exemplo, pela conclusão de todas as obras iniciadas na gestão ex-petista, como a reforma coxinha da Rua Moreira Cesar; conclusão do Hospital Getulinho que ainda não dispõem de um centro cirúrgico; definição sobre a Transoceânica agora sem catamarãs em Charitas entre meio dia e 4 da tarde; a implantação de uma política de austeridade com a diminuição de secretarias e cargos para valer e não como prometeu antes o prefeito reeleito e acabou não fazendo; etc. etc. etc.

Na última quarta-feira, feriado de Finados, Niterói viu uma amostra do que vai ser o verão. Baderna generalizada na Região Oceânica, Charitas, Praia das Flechas e outros locais. Enquanto no Rio a Guarda Municipal trabalha com contingente extra e mantém a ordem nas praias mais frequentadas do país, em Niterói impera o desleixo. Em Charitas havia carros estacionados até em cima dos canteiros enquanto que na Região Oceânica o trânsito deu um nó e parou.

Óbvio. Afinal a prefeitura deslocou para lá míseros 15 agentes de trânsito. Além de banhistas parados por horas e mais horas no trânsito engarrafado, moradores da Região não podiam entrar ou sair de casa. A situação complicou muito por causa das obras da Transoceânica que, sem sinalização e sem guardas, deixou os motoristas completamente desorientados.

O verão é uma bela estação, mas em Niterói se tornou sinônimo de desastre. É quando chove forte e as ruas se transformam em rios de esgoto. Quem mora na imediação das praias tem que conviver com o trânsito caótico e muito vandalismo. É no verão que a falta de luz por horas e mais horas vira rotina em alguns locais porque a prefeitura não chama a Ampla as falas. No verão os flanelinhas lotam a orla e exploram os motoristas.

Enfim, como bem disse um internauta quarta-feira no Facebook, “o melhor do verão em Niterói e poder se mandar para o Rio”.

Luiz Antonio Mello

Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.

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