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Mulheres podem decidir eleições em Niterói, onde são 55,46% do eleitorado

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Eleitoras ocupam maior parte da fila em frente à Reitoria da UFF, em Icaraí, no pleito de 2022 / foto: Lívia Figueiredo

Elas são 55,46% do eleitorado apto a votar em outubro, em Niterói. E podem vir a decidir as próximas eleições.  O município é o segundo do país com maioria de eleitoras. São 225.652 mulheres aptas a votar em candidatos a prefeito(a) e a vereador(a) no próximo pleito, contra 181.368 homens.

Mas nem por isso Niterói e os outros nove municípios do ranking levantado em fevereiro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são governados por elas. As mulheres também são minoria absoluta na Câmara de Vereadores de Niterói, onde dentre os 21 edis, está somente uma vereadora trans, Benny Briolly (PSOL).

Reportagem da Folha de São Paulo mostrou, neste domingo (10), que a cidade brasileira com maior proporção de mulheres aptas a votar é a capital de Alagoas, Maceió (55,48%), seguida de perto por Niterói (55,46%). Depois vêm Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Recife (PE), Caruaru (PE), Arapiraca (AL) e Salvador (BA).

O eleitorado feminino cresce no país desde 1996. Hoje é maioria em dois de cada três municípios. Na média nacional, elas são 52,6% das pessoas aptas a votar. Ao se analisarem as Câmaras Municipais dessas dez cidades, o quadro não é diferente. A proporção de vereadoras é de 13% na média. Vai de 18% no Recife ao mínimo de 3,7% de João Pessoa.

Em Niterói a representação feminina equivale a 4,76% das 21 cadeiras legislativas. Desde 1934, quando as mulheres conquistaram o direito de voto no Brasil, foram eleitos 835 vereadores, dentre os quais apenas 13 mulheres, segundo conta Rubens Carrilho, diretor do Arquivo da Câmara. A primeira delas foi Sonia Saturnino Braga, que chegou ao plenário niteroiense somente em 1982. Já dentre os mandatos de prefeito, entre eleitos e reeleitos pelo voto direto, nomeados por interventores e intendentes estão 55 homens e nenhuma mulher, desde o início do século passado.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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