Uma mulher mordida por um cachorro não vacinado em Icaraí, na sexta-feira (22/04), só conseguiu tomar a vacina antirrábica na segunda-feira (25/4) em um posto de saúde do Rio de Janeiro. Em Niterói, onde a prefeitura cobra um dos IPTUs mais caros do país e que arrecada cerca de R$ 2 bilhões de royalties do petróleo, Marcela de Mattos Farias, de 28 anos, passou o carnaval peregrinando pelas policlínicas regionais sem conseguir ser imunizada na sua cidade.
A câmara fria da Policlínica do Largo da Batalha, que armazena soros e vacinas, está com defeito há meses e a geladeira que estava quebrando o galho também pifou, causando a perda de validade das únicas 30 doses de antirrábica que dispunha para atender todo o município.
A constatação da irregularidade foi feita in loco pelo vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL), presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Niterói. As prateleiras das farmácias dos postos de saúde e hospitais municipais, por sua vez, continuam vazias faltando inclusive medicamentos essenciais para primeiros socorros.
Mas para a Prefeitura niteroiense não faltam recursos para manter 65 secretarias, órgãos, autarquias e empresas municipais empregando um contingente de apaniguados, muitos dos quais só aparecem nos caixas eletrônicos para receber no fim do mês.
Na sexta e no sábado Marcela ela esteve no Hospital Municipal Carlos Tortelly, na Policlínica Sergio Arouca, na Policlínica da Engenhoca, na Unidade de Urgência Mario Monteiro e na Policlínica do Largo da Batalha. Ela procurou, então, o vereador Paulo Eduardo Gomes, que apurou que as vacinas foram perdidas.
– A câmara fria do Largo da Batalha está com defeito há meses. Por isso, segundo apuramos em nossa visita àquela policlínica, as vacinas e soros estavam na geladeira e essa também parou de funcionar, aparentemente por um problema elétrico. Cerca de 30 frascos de vacina antirrábica foram perdidos. Estas eram as únicas doses existentes na cidade. Acompanhamos duas pessoas neste final de semana que acabaram ficando sem conseguir vacinas na cidade e tiveram que se dirigir para o Rio de Janeiro ou para São Gonçalo – disse o vereador.
Segundo Paulo Eduardo, não é o primeiro caso de câmara fria com defeito na cidade. “Nos módulos de Médico de Família há dificuldade para se realizar campanhas de vacinação justamente por conta da falta de câmaras frias que tenham capacidade de suportar a instabilidade da rede elétrica da cidade”. Como presidente da Comissão de Saúde do Legislativo, Paulo Eduardo está cobrando da Secretaria de Saúde que “inicie imediatamente um processo de licitação para a compra de câmaras frias para atender as unidades de saúde, além do imediato abastecimento da rede com as vacinas que vêm do Ministério da Saúde e foram perdidas desta forma absurda”.
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