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Coluna do LAM

Motos com garupa e carros com vidros escuros

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A prefeitura de Bogotá, na Colômbia, proibiu em janeiro que motos com mais de 125 cilindradas trafeguem com homens na garupa. A medida é para prevenir os roubos e assaltos já que o piloto sozinho se complica ao manipular uma arma pois precisa tirar a mão guidão/acelerador/embreagem.

A medida parece óbvia, mas não é. Numa rede social escrevi que essa medida deveria ser adotada no Estado do Rio, especialmente no lado de cá, o novo sertão fluminense. Imediatamente os patrulheiros que defendem a descriminalização da bandidagem me acusaram de motofóbico e sei lá mais o que. Devem rezar na cartilha daquela senhora que é professora, artista plástica, filósofa e defende o assalto.

Dona Marcia Tiburi (gaúcha que vive no RJ, cotada para candidata a governadora do RJ pelo PT) disse na TV Brasil, estatal, no programa “Espaço Público” que “eu sou a favor do assalto. Há uma lógica no assalto. Eu não tenho uma coisa que eu preciso, eu fui contaminado pelo capitalismo…” e, emendo eu, “por isso eu assalto”. Assista a golfada neste link: https://www.youtube.com/watch?v=86pDpEwKrac

Se o governo tivesse competência, coragem e polícia proibiria a garupa de homens em motos também por aqui. Basta ler nos jornais, assistir na TV que muitos roubos e assassinatos são praticados por homens que andam em duplas em motocicletas. Isso é um fato objetivo. Assim como também é fato objetivo a questão dos vidros escuros em carros. Achando que estão protegidos da violência, motoristas colam a película nos vidros e, com isso, fica tudo igual. Mocinhos e bandidos. Esquecem que nada detém um assaltante com um fuzil ou pistola na mão, nem carro blindado o que dirá pedaços de plástico colados.

Para o Conselho Nacional de Trânsito, Contran, o limite mínimo de transparência dos vidros deve ser de 75% no para-brisa incolor, 70% no para-brisa colorido (temperado/degradê) e nos vidros das janelas das portas da frente e 28% nos demais vidros (janelas laterais traseiras e vidro traseiro). Portanto, a película na cor G5, a mais escura, é proibida por lei.

Ainda segundo o órgão, “o motorista que utilizar película com índice inadequado poderá ser autuado e receber cinco pontos na habilitação, pois essa é considerada uma infração grave. Além disso, terá de pagar multa no valor de R$ 195,23 e o veículo será retido para regularização”.

Aqui no novo sertão fluminense existe uma vistoria obrigatória no Detran e, pelo que parece, os carros com vidros muito escuros passam. Por que? Não dá para entender. Uma vez um dos vistoriadores disse que o pisca traseiro do meu carro estava fora da cor padrão. “Tem que ser luz âmbar”.

Caro leitor, o que você acha da ideia de se proibir garupa masculina em motos com mais de 125 cilindradas? O que você acha de baixar radicalmente o limite de transparência das películas para que os carros deixem de ser bunkers móveis da bandidagem? E finalmente: o que acha da opinião da dona Márcia Tiburi?

Luiz Antonio Mello

Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.

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