Em sua oficina na Sapataria Finex, na Rua Doutor Borman, no Centro, Ângelo fazia qualquer modelo de calçado e para todo tipo de pé. Produzia em couro alemão legítimo, ecológico, sintético, vaqueta, camurça ou de tecido para senhoras que queriam combinar o sapato com o tom do vestido.
Dizia ter preferência pela pelica, o couro de cabra que se destaca por ser uma pele nobre extremamente leve, macia e com o toque sedoso, propiciando sofisticação e maior conforto.
Ele aprendeu ofício aos 14 anos, ainda em Portugal, na Ceia, povoado da Serra da Estrela, onde nasceu. Aos 23 anos, seu Ângelo, chegou ao Brasil e começou a trabalhar na Sapataria dos Estudantes, que funcionava junto do Bandejão do Calabouço, no Rio.
Lembrava que ali, junto dos estudantes, viu muitos políticos famosos, como Juscelino Kubitscheck, Carlos Lacerda e Ademar de Barros.
Vendia calçados para estudantes, professores e até para a alta sociedade, que encomendava cromo alemão, que, na época, custava um terço do salário-mínimo.
Na ex-capital fluminense, ele se estabeleceu em 1964 e estava até hoje com sua Finex, na Doutor Borman, e uma filial no Niterói Shopping.
Lamentava que a profissão de sapateiro estivesse em extinção. As máquinas tomaram conta da produção, antes artesanal, feita sob medida.
Tinha perdido a mulher Aparecida há quatro meses. Deixa duas filhas, Iliane e Joana Angélica, que vão tocar as sapatarias deixadas pelo pai.
Seu Ângelo, depois de muito trabalho, descanse em paz.
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