Em Niterói, os pacientes da cooperativa carioca são atendidos através de um sistema de intercâmbio entre as Unimed do País pela congênere Leste Fluminense. Os maiores prejudicados têm sido cerca de quinze mil advogados da cidade e seus dependentes, já que há dez anos a Caixa de Assistência aos Advogados (Caarj), para cujo plano de saúde contribuíam, vendeu essa carteira para a Unimed Rio.
Além dos pacientes que têm ficado sem atendimento médico na ex-capital fluminense, muitos médicos que prestam serviços à Unimed Rio se queixam de que sem receber pela produção de suas clínicas e consultórios têm enfrentado problemas de caixa para honrar compromissos fiscais e trabalhistas.
Alguns profissionais têm atendido a clientela mesmo com o pagamento atrasado. Uns poucos aceitam receber até R$ 100 por uma consulta e há outros que recusam novas consultas mesmo de pacientes que retornam para lhes mostrar resultados de exames clínicos e laboratoriais. Os beneficiários da Unimed Rio, por sua vez, lembram que caso atrasem por mais de 60 dias o pagamento dos boletos eles são sumariamente cortados do plano de saúde perdendo direito, inclusive, aos prazos de carência já cumpridos caso migrem para outra operadora.
A Unimed Rio está sob intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) até março de 2017 para que saneie suas finanças. Recentemente, um grupo de vinte médicos cooperados formou uma junta interventora que deverá marcar nova eleição para a diretoria da cooperativa.
A maior crítica feita à diretoria destituída é que em 2013 ela comprou a carteira de 160 mil segurados da Golden Cross, o que teria acarretado já no ano seguinte um prejuízo de 192% à Unimed Rio.
Segundo o advogado Rodrigo Araújo a cooperativa carioca vem seguindo os mesmos passos já trilhados pela Unimed Paulistana e que, se nada mudar, o fim poderá ser ainda pior do que o da cooperativa paulista.
— Isto porque, além de a Unimed Rio ter mais beneficiários do que a Paulistana, não existe na capital fluminense outras Unimed com capacidade de absorver os clientes da primeira, ao contrário do que aconteceu em São Paulo – diz o advogado.
Em artigo publicado no site do escritório Araújo, Conforti e Johnson, Rodrigo Araújo faz uma análise do que está ocorrendo com a Unimed Rio e quais as opções que têm os cerca de um milhão de segurados do plano médico se a cooperativa quebrar.
Conclui que “a solução é aguardar a resolução do problema, seja ela a recuperação da Unimed Rio, seja a migração da carteira de clientes para outras operadoras através da intervenção da ANS, mas esta última alternativa tem alto potencial para não agradar aos consumidores”. Isto porque, mesmo que relevem seus prazos de carência, ao manter o preço das mensalidades pagas hoje pelos beneficiários da Unimed Rio as seguradoras oferecerão redes credenciadas menores ou menos coberturas, como ocorreu em São Paulo.
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