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Mais um restaurante tradicional de comida caseira fecha em Icaraí

Escrito por Gilson Monteiro às 12:12 do dia 3 de fevereiro de 2020
Sobre: Panela vazia
  • Restaurante Fogão de Lenha
03fev

Restaurante Fogão de LenhaO restaurante Fogão de Lenha, que há 37 anos funcionava na Rua Moreira César, uma das ruas mais movimentas da Zona Sul e point da moda em Icaraí fechou as portas na sexta-feira (31/01), deixando na porta um agradecimento à clientela. É o segundo a fechar em uma semana no bairro. O primeiro foi a Pensão Lá em Cima, que também existia há 37 anos na Rua Gavião Peixoto.

Aos poucos, os moradores da Zona Sul estão perdendo esse tipo de refeição, feita por velhas cozinheiras a preço mais em conta. Comer fora de casa em Icaraí está ficando cada vez mais caro. Há restaurantes cobrando até R$ 105 o quilo.

Também vendia quentinhas na porta

O Fogão de Lenha, quando se viu cercado por carros oferecendo quentinhas a R$10,00, fez o mesmo, lançando suas refeições em embalagem descartável, vendidas na calçada do restaurante, também por R$ 10,00.

A antiga casa da família Botelho, foi transformada em restaurante pelos irmãos Paulo Roberto e Glória, com receitas da vovó.

— Mas os aumentos constantes das contas de água, IPTU, energia elétrica, gás, gêneros alimentícios e concorrência na porta fez a gente pensar em parar na hora certa e poder cumprir todas as obrigações de comerciante – diz Glória Botelho.

Ela conta que “após uma crise longa, apareceu a oportunidade de vender o imóvel, o que foi feito, só nos resta agradecer aos fregueses, que nos ajudaram a escrever essa história de sucesso, e aos amigos fornecedores pela parceria, compreensão e paciência nos momentos de aperto”.

O Fogão de Lenha tinha 20 funcionários, que vão aumentar o contingente de desempregados em Niterói.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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11 thoughts on “Mais um restaurante tradicional de comida caseira fecha em Icaraí

  1. Nos bons tempos já cheguei a vender 100 kilos de filet mignon para paulinho infelizmente essa crise pegou todos os comerciantes até meu comércio no centro de Niterói acabei fechando

  2. Também gostava muito da comida do Fogão de Lenha. Paulinho pessoa agradável, onde podíamos encontrar lá , já que Niterói cresceu tanto. Somos do tempo que cada um se conhecia pelo nome e apelidos. Nós éramos como se fôssemos os donos da praia de Itacoatiara. Sabíamos onde cada grupo ficava, mas todos nós nos conhecíamos, e Paulinho, era uma das figuras mais conhecidas ali.
    Hoje é difícil pra rever tantos amigos daquela época. E agora sem o Fogão de Lenha… mas amamos Niterói e de repente a gente se esbarra por aí, porque Niterói é Niterói e quão linda e quão cheia de gente de talento, até fora do Brasil, mundo à fora!!!

  3. O interessante é que eu li vários comentários na matéria do fechamento da pensão “Lá Em Cima”, que um dos motivos do fechamento era o acesso pela escada. Agora , qual será o motivo do fechamento do “Fogão a Lenha”, uma vez que este está situado na beira da rua ?

  4. No país onde todos podem ser seus próprios patrões, não tem motivo para que um estabelecimento desse tipo se mantenha, hoje a orientação é que cada um tenha seu próprio negócio, então nao tem porque o espanto de fechar mais um posto de trabalho que fornecia carteira assinada e direitos trabalhistas.

  5. Obrigado Paulinho e Glorinha por todos esses anos do Fogão de Lenha … Muita sorte na vida de vocês e que tenham um bom descanso.

  6. Que pena! Cheguei em Niterói em 1958. Em 1971, fui morar em Brasília. Voltei em 1986 e aqui estou até hoje. Frequentei o Fogão de Lenha durante muito tempo. Almoçava lá com minha família (saudade do Virado Paulista). Saudade também do Roxo e dos garçons atenciosos que nos serviam. Especialmente o Roxo que nunca deixou de perguntar pelo meu filho Guilherme cada vez que o encontrava na porta de “Fogão “. Que pena! Espero que todos de lá encontrem meios de seguir suas vidas.

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