Os 91 anos de Hely Ione Hasselmann Damasceno Vieira, uma mulher extraordinária e a mais antiga moradora da Estrada Leopoldo Fróes, em Niterói, foi comemorado no último sábado, em grande estilo, na Villa H. Na ocasião foi homenageado in memoriam o patriarca Joseph Frederich Hasselmann, que chegou há 190 anos do Reino de Hanôver para o Brasil.
Ela nasceu na Ilha de Paquetá e veio com 1 ano morar na Enseada de São Francisco, onde seis gerações de Hasselman tiveram belas casas, todos apaixonados por mar e pelo esporte da vela. Então, a única ligação de São Francisco com Icaraí e o Centro era feita pela Fróes. Somente em 1960 foi aberto o túnel Roberto Silveira, e em 1980 o túnel Raul Veiga.
Hely, desde jovem, teve uma vida social e esportiva intensa, mas sempre dando ênfase às causas sociais. Na natação, foi campeã estadual, além de conquistar muitas outras medalhas.
Simpática e linda de berço, ganhou muitos concursos de beleza e de fotografia, além de ser requisitada para todas as festas da cidade. Desde os 15 anos participou de eventos beneficentes, como o que arrecadou fundos para a sede da Sociedade Fluminense de Fotografia. Também presidiu a Associação Cristã Feminina.
Depois de avó resolveu cursar jornalismo. Diz que não exerceu a profissão porque os jornais só admitem gente nova. Mas não se arrependeu, porque na faculdade teve uma convivência e experiência agradável com uma juventude aberta e inteligente.
De Niterói, Hely se ausentou poucas vezes, tendo residido em Londres, Paris (onde nasceu sua filha mais velha, Ione) e em São Paulo, acompanhando o marido Paulo Damasceno Pinheiro, engenheiro eletrônico.
As mulheres Hasselmann são conhecidas pela beleza e inteligência, tendo sido precursoras no magistério, nas áreas médicas e como cientistas, além dos concursos de misses.
Já os homens são também lembrados pelas comemorações memoráveis, dentre elas o baile da Ilha Fiscal organizado pelo comendador Hasselmann, em 1889.
Muitos anos de vida para essa admirável dama Hely Hasselmann, nascida no dia dos santos gêmeos, São Cosme e São Damião, e que desde quando chegou, há 90 anos, continua dando exemplos de vida, sempre cercada de admiração e carinho na terra do cacique Arariboia.
Gilson Monteiro, só vc mesmo não deixa o passado nobre de Niterói “morrer”. Suas reportagens sobre as antigas famílias que ocupam lugar de relevo na história da cidade são verdadeiras lições aos jovens de hoje. Sou testemunha de alguns fatos relatados na matéria sobre os Hasselmanns. E amigo, desde a época em que tudo começou na Estrada Fróes, da Ilse Hasselmann (e do esposo Tudo). Ilse foi miss do Estado do Rio (não lembro em que ano) que chegou nas primeiras posições no Miss Brasil. Hoje, é matriarca de uma das famílias das gerações seguintes. Parabéns.
Continua linda