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Livraria fecha loja em Icaraí

Escrito por Gilson Monteiro às 12:50 do dia 25 de abril de 2017
Sobre: Último capítulo
25abr

A crise econômica  que atinge em cheio o Estado do Rio de Janeiro chegou agora ao setor livreiro de Niterói. A Gutenberg vai diminuir de tamanho, deixando a loja com vitrine na Rua Moreira César, em Icaraí, e passando a ocupar somente uma loja que já mantinha no interior do mesmo Shopping 211.

A única livraria da Zona Sul vai entregar o imóvel que ocupa há 40 anos devido ao alto aluguel cobrado (R$21 mil) e aos custos que aumentam a cada dia, como energia elétrica, condominio, IPTU e impostos de tudo que é lado. Ao mesmo tempo, a venda de livros continua em baixa.

O tradicional livreiro Antônio Gomes Eduardo diz que vai reduzir o espaço, mas a livraria continuará grande no acervo, com cerca de 20 mil livros acomodados em um grande depósito.

Os clientes estão aproveitando a promoção de 40 por cento de desconto com a queima de estoque para a mudança da Gutenberg.

Eduardo diz que Niterói é uma cidade de servidores públicos, que estão sem receber ou com salários atrasados. Assim, a compra de livros acaba cortada das despesas desses moradores, ao mesmo tempo em que a concorrência da internet e a venda de livros em lojas de varejo e até em supermercados atrapalha os negócios das livrarias.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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23 thoughts on “Livraria fecha loja em Icaraí

  1. O mais preocupante deste artigo é a observação de que “Niterói é uma cidade de servidores públicos.” Uma cidade que não produz nada, apenas gasta (e muito, pois sabemos que o custo-benefício de servidores públicos não é lá ideal), está fadada a passar por crises de tempos em tempos. Já disse e repito: PRECISAMOS NOS REINVENTAR E CRIAR NOVAS ALTERNATIVAS DE VIDA; SE INSISTIRMOS EM FAZER DO JEITO DE SEMPRE, NÃO HAVERÁ SAÍDA!

  2. Conheci a GUTENBERG quando fiz vestibular em 1976, tenho o cartão da livraria até hoje. Doutor Celestino, Alberto Vitor, Moreira César, etc.
    Sempre frequentei e me beneficiei não só dos livros didáticos mas de poesia, literatura em geral. A GUTENBERG é um marco da história da nossa cidade. Fecham livrarias e bibliotecas públicas e o povo nada pode fazer, infelizmente.

  3. Leio com pesar o fechamento das Gutemberg e faço um pequeno reparo: A livraria não é a única na Zona Sul de Niterói, pois AINDA temos a Livraria Icaraí, que fica no prédio da EDUFF / Reitoria da UFF.

  4. Sr Antônio, sugiro que crie um ponto de venda onde irá estocar os livros também.
    Poderia assim estender as suas vendas com desconto e dar prestígio ao local, que segundo uma fonte, seria a Galeria Icaraí, na Guilherme Greenhalg.
    Os amantes de livros em crise agradeceriam e prestigiariam, assim como eu.
    Forza!!!

  5. Ops, que susto! A Gutemberg, para mim, é um “ponto turístico” obrigatório nas visitas a Niterói. Sou de Belém, Pará, cidade onde as livrarias também foram vitimizadas pelos novos tempos/crise. A Gutemberg, a livraria mais Pessoana que conheço, onde até a sacola tinha o Fernando Pessoa, é-me atração permanente. Tinha lá uma agenda com frases do Pessoa, que até dei de presente a amantes da escrita Pessoana, como eu, e mantenho uma na coleção de livros deste autor. Que bom que vai continuar a existir! No final de maio estarei entre suas estantes, se Deus quiser!

  6. É lamentável. Sempre comprei livros para minhas netas lá. Enquanto isso vão abrindo bares em cada esquina.

  7. Sinto-me extremamente triste.
    Comecei minha vida profissional na Gutenberg e sei como essa loja era importante para o senhor Antônio, aliás, a quem dedico parte do meu sucesso profissional.

  8. 40 Anos!
    É o tempo que conheci Sr Antônio Gomes Eduardo, no Unibanco Icaraí que ainda era onde hoje funciona a CEF em frente ao C S Bento.
    Sr Antônio além de um dos principais clientes empresários de Niterói, sempre conquistou a todos pela sua paixão pelos livros ? e poesias.
    Tenho certeza que a redução de espaço físico não será a diminuição da GUTENBERG!
    A crise que os pequenos nos provocam não há de calar os GRANDES!!!

  9. Lamentável! Um espaço dos mais importantes da cidade.Seu fim evidencia a decadência da cidade.

  10. Muito triste!
    Sempre que posso vou até lá para adquirir meus livros… Prefiro loja física e sempre dou preferência a eles​.

    1. Imagine quantos livros eles tem que vender por mês só para pagar esse aluguel absurdo ….

  11. Conheci o Antonio desde que em19irmão, tinham um bar na rua Dr. Celestino. Deixou o irmão no bar e montou uma pequena estante na UFF, onde funcionava o curso de GEOGRAFIA, também na rua Dr. Celestino, se não me falha a memória em1965 ou 66. E assim se tornou o maior livreiro de Niterói.

  12. Uma pena nossos livros tão nescessarios tendo que ser cortados dos orçamentos choro copiosamente

    1. Os impactos de um governo provisório, que desdenhou do ministério da cultura, e que depois de um ano continua culpando o governo passado, do qual fez parte diretamente, é a grande catástrofe que se instalou em vários setores da vida dos brasileiros. Um governo ascefalo, machista, completamente inculto, só poderia dar nisso mesmo.

  13. Lamentável esta notícia. Antonio (meu cunhado), um batalhador generoso, que está sendo vitimado pela crise que tem nome e sobrenome: “Lula Rousseff” e que devem ser punidos pelo grande mal que causaram ao nosso Brasil. Que vão todos juntos também com os políticos que nada produzem para a sociedade brasileira e nos roubam. Um abraço Antonio, porque você é homem de fibra.

  14. Considerando que 130 mil votos foram para o prefeito, acreditasse que muito pouco Niteroinses tem o costume de o ler.

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