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Ladrões buscam o ouro em Niterói

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Quando vejo a menos de um mês dos Jogos Olímpicos o comandante Fernando Salema anunciar com toda franqueza, que o 12° Batalhão vai perder 150 homens para ajudar no policiamento do Rio, causa revolta sentir esse desprezo dos governantes com Niterói, que já foi capital do Estado do Rio e é a cidade que tem uma das maiores rendas per capitas do Brasil, com alto nível de escolaridade e sediando uma das maiores universidades públicas do país — a UFF –, além de mais cinco campos universitários.

O que mais espanta é que quanto mais se aperta o cerco na capital, a bandidagem atravessa a baía por mar ou por terra para se abrigar onde haja pouca ou nenhuma polícia para lhe enfrentar.

Olimpíadas: no pódio o discurso político, o marketing eleitoral e a bandidagem nadando de braçada

Causa preocupação aos moradores de Niterói, que hoje já são vítimas da bandidagem migrada do Rio de Janeiro, o que poderá lhes acontecer durante as Olimpíadas. Os índices de violência sobem a cada dia na ex-capital fluminense, em grande parte pela migração de foras da lei que nela encontram facilidade de agir com o esvaziamento da polícia local.

Invariavelmente, as medidas anunciadas para combater a criminalidade são logo depois desativadas, como aconteceu com as chamadas Bases integradas da Polícia Militar e da Guarda Municipal, hoje com a maioria das cabines vazias.

Outra obra dispendiosa, o Centro Integrado de Segurança Pública, CISP, ia integrar todas as forças de segurança, a Guarda municipal, as polícias estadual e federal, além da Polícia Rodoviária Federal e até os Bombeiros. Até agora não se viu trabalho integrado. A PM com sua cavalaria foi deslocada de Campo Grande para patrulhar o bairro de São Francisco, em Niterói, quando já poderia ter sido reativado o batalhão do Fonseca para esta tropa.

O que não falta e há de sobra é muito discurso político, muito marketing eleitoral do prefeito ex-petista Rodrigo Neves e nenhuma ação efetiva pela segurança de Niterói. Nem a tal Base Integrada da PM e da Guarda Municipal instalada no Largo do Marrom, a poucos quarteirões da casa do prefeito, está funcionando.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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