O juiz Fernando Viana despacha um processo eletrônico com 450 mil páginas, o maior da América Latina, cujas decisões são imediatamente traduzidas para as línguas castelhana, inglesa, francesa, holandesa e até a japonesa, de países onde existem grupos interessados no desenrolar dessa importante causa, que tem ainda doze mil ações secundárias de habilitações de credores.
Trata-se da Recuperação Judicial da OI, requerida em 20 de junho de 2016, distribuída para a 7ª Vara Empresarial do Rio, comandada pelo niteroiense Fernando Viana. A ação tem grande repercussão e impacto no mercado financeiro, especialmente na Bolsa de Valores.
O juiz Fernando disse que nesses mais de três anos, a partir da distribuição do processo, acompanhou minuciosamente o seu crescimento e à medida que tomava conhecimento das peças mais importantes da ação judicial, ia memorizando para ficar mais fácil examiná-la eletronicamente, apesar do seu gigantismo.
A OI, com todas as dificuldades, paga cerca de 10 bilhões de impostos por ano ao Governo Federal, tem mais de 50 mil funcionários, 55 mil credores e possui a maior rede de fibra ótica do país, fazendo com que muitas outras empresas de telecomunicações dependam de seus serviços.
O juiz afirma, que a empresa vem cumprindo as metas do plano de recuperação judicial.
Aluno de uma vida inteira do Colégio Salesiano de Santa Rosa, até ingressar e concluir o curso na Faculdade de Direito da Uff e passar para a magistratura em 1994, tendo Cabo Frio como sua primeira comarca, depois São Gonçalo e, agora, atuando na importante Vara na capital, sempre procurou atender os advogados com a maior cordialidade jurídica.
Seu pai, Amauci Ferreira Viana, 91 anos, um símbolo e exemplo da advocacia fluminense pela inteligência, correção e elegância com que sempre pautou a carreira, agora despacha de seu escritório em casa, com a ajuda de uma neta que o representa no Fórum.
Mais um filho da Faculdade de Direito da UFF, celeiro de juristas, a brilhar no sistema judiciário. Não podemos deixar a UFF ser desmontada. Os governos passam, mas a Faculdade do Ingá, sonho concreto do Desembargador Abel Sauerbrow, jamais perecerá !
Bela matéria. Meu abraço ao jornalista e ao magistrado, a quem pude conhecer no Tj.