O Fluminense, o jornal mais antigo do Estado do Rio de Janeiro, foi vendido nesta quarta-feira (20/02), aos 141 anos de circulação ininterrupta, para um grupo do mercado imobiliário e do segmento de Shopping centers. O diretor Alexandre Torres confirmou o negócio, mas disse que ainda não poderia revelar o nome da empresa que adquiriu o veículo de comunicação fundado em maio de 1878 em Niterói.
O jornal que era especializado em classificados, se expandiu depois que foi adquirido em 1954 pelo jornalista e deputado Alberto Torres. Ele comandou pelas décadas seguintes O Fluminense, criando um grupo de comunicação com as rádios Fluminense AM e FM.
Fundado em Niterói pelos majores da Guarda Nacional Francisco Rodrigues de Miranda e Prudêncio Luís Ferreira Travassos, inicialmente o jornal era publicado três vezes por semana, às quartas, sextas-feiras e domingos. A partir de 1892 passou a ser editado diariamente, permanecendo até hoje em circulação.
O Fluminense sempre foi uma espécie de faculdade prática de jornalistas, formando uma geração de profissionais que ocuparam e ocupam até hoje posições de destaque nos jornais, rádios e TV de todo o Brasil.
Foi leitura obrigatória dos niteroienses, antes do café da manhã. Seus classificados se destacavam entre os leitores à procura de emprego ou em busca de comprar, vender ou alugar algum imóvel, além de acompanhar as notícias e dos acontecimentos sociais da cidade.
O jornal O Fluminense troca de proprietários mas espera-se que se mantenha fiel ao legado de sua história. Servir à República e à Democracia através do jornalismo de qualidade e do compromisso com a objetividade dos fatos.
Venderam tudo!
Inacreditável uma coisa dessas…mais um grupo histórico foi desfeito pelos seus herdeiros,meu Deus,anos de trabalho e história!
Vergonha!
Parabéns ao Colunista Gilson Monteiro pela vanguarda de sempre frente a assuntos de fato relevantes. Aos 141 anos deste Jornal que se transformou num ícone da História fluminense nosso reconhecimento. Prof. Dr. Stelling (Chanceler do IFEC – Instituto Interamericano)
Espero que o jornal melhore de qualidade informativa e tenha, pelo menos um viés neutro dentro das notícias abordadas.
O Fluminense foi uma referência para a Capital do Estado do Rio, a heróica Niterói – a cidade invicta – sendo leitura obrigatória em todos os lares fluminenses. Os seus classificados foram famosos para qualquer tipo de negócio comercial e até para contratar uma “empregada doméstica”, muitos anos antes das novas leis. O Centenário Jornal O Fluminense, começa a ser dardejado com o advento do O Globo que passou a ter um caderno sobre “Niterói”. Esperamos que os novos donos mantenham O Fluminense no “alto do mastro”.
Trabalhei na rádio Fluminense FM no início da década de 90, vez ou outra me encontrava nos elevadores com Dr Alberto, sempre muito gentil e educado c todos. Alexandre fez muito bem em vender, a tendência é que jornais e revistas impressas venham a acabar, negócio agora é internet. Boa sorte!
Parabéns ao O FLUMINENSE pelos 141 anos de bom jornalismo. Esperamos que com os novos proprietários o Jornal prospere valorizando cada vez mais seus funcionários e jornalistas.
O jornalista Alberto Torres e sua Filha Nina Rita acreditaram no meu trabalho possibilitando a publicação de mais de 500 artigos sobre meio ambiente no suevento infantil Pingo de Gente sem contar as inúmeras entrevistas feitas comigo.Sou grato a eles.
A credibilidade da notícia, os classificados, hoje menos procurado em razão da tecnologia, a parte social e esportiva, fazia do Jornal Fluminense o mais lido em nossa cidade.
Não sou filho de Niterói. Cheguei aqui em 1954 e adotei esta cidade como uma das melhores para se viver.e este Jornal também era meu robe diário. Esperamos que continuem fazendo dele o mais querido em nossa cidade.
Reverencio a memória de um ser humano ímpar Alberto Francisco Torres que dignificou a atividade jornalística e política em nosso país.Que em sua nova etapa O Fluminense seja pautado pela ética e correção de Alberto Torres é nossa expectativa
Esperamos que os novos gestores mantenham a trajetória de sucessos, e a linha de boa conduta.
Grande jornal, Alexandre Torres um amigo.Gilson você sempre junto com a notícia quando não em sua frente.Parabebs. Muito obrigado.
Ótimo texto sobre jornal histórico de Niterói.
Um jornal respeitado e amado pelos Niteroienses! Dr. Alberto Torres uma pessoa de uma educação de uma imparcialidade e de uma competência que, em muito, fortalecia a credibilidade do Jornal O Fluminense, fazendo com que a sua tiragem cada vez aumentasse mais! Tinha uma Coluna Social sempre presente na vida dos moradores de Niterói, publicando notícias sobre eventos, não só de pessoas, como também dos clubes sociais de nossa cidade, que naquela época eram de uma incomensurável força de entretenimento. Fui criado lendo diariamente ” O Fluminense” e mesmo hoje, morando no Rio de Janeiro, tomando conhecimento dessa notícia me vem um saudosismo da minha cidade natal e também da importância desse jornal na minha vida. Espero que os novos proprietários não destruam ou desvirtuem os objetivos desse trabalho jornalístico de mais de cem anos de sucesso e respeito!
Alexandre Torres, pelo jeito, é o que Brizola definia como “herdeiro perdulário”. No início da década de 70, junto com Martinho Santafé, Eduardo Varela, Wallace Grecco, Elio Demier e outros – fazia uma página de notícias da área estudantil no Fluminense. Com muito orgulho e dedicação, com apoio do Dr. Alberto Torres e dona Vera de Vives – madrinha de todos nós, na época estudantes do Liceu Nilo Peçanha.