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Joelho de porco, bolinho frikadelle, linguiças e pratos alemães em Itaipu

Escrito por Gilson Monteiro às 16:33 do dia 18 de março de 2021
Sobre: Gastronomia x pandemia
  • frikadelle e costela de porco
18mar

frikadelle e costela de porcoSe a gente andar por Niterói vai descobrir novidades de dar água na boca, como o Frikadelle, um restaurante em Itaipu que serve a verdadeira e autêntica comida alemã. O nome da casa é o de um prato popular da culinária germânica: um bolinho de carne moída, suculento e condimentado, que pode ser acompanhado de batata.

O chef Uwe Waneck, nascido em Stuttgart, na Alemanha, há 28 anos no Brasil, trouxe a receita da sua avó para o restaurante da Avenida Ewerton Xavier 327, Itaipu. Dois pratos são os campeões do cardápio, o “joelho de porco à pururuca”, super crocante, com salada de batata alemã e chucrute; e a “Costela Frikadelle”, ao molho barbecue ou ao curry, com fritas, farofa com ovos e saladinha mista.

O chef Waneck diz que a casa oferece doze pratos alemães. Ele espera o fim das medidas restritivas para voltar a abrir de quarta a sábado, a partir das 18h; e no domingo das 12h às 21h. Enquanto isso, está recebendo pedidos pelo iFood, ou em sistema de take Away, através do WhatsApp (21) 99464-6352.

No restaurante do alemão, como é conhecido o chef na Região Oceânica, não poderia faltar no menu pratos com salsichas e linguiças, servidas com saladas de batata como o “Currywurst”, um prato de fast-food alemão. Ele consiste basicamente em linguiça branca, grelhada ao molho curry e mostarda escura agridoce. Tem também o Weisswurst, um salsichão branco de carne de vitelo cozido.

Há outras opções, como a “Linguiça Alemã, de pernil, acebolada e servida nas opções suave ou apimentada; a “Linguiça Recheada, com provolone; a “Linguiça de Carneiro”, levemente acebolada e suavemente temperada com hortelã fresco; e o “Mix Frikadelle”, uma variedade de linguiças e salsichas à moda do chef.

A casa tem também várias opções de carne, pernil, frango e peixe, além de uma variedade de tira gostos, acompanhamentos e molhos.

sanduba do alemãoQuando o cliente chega ao hambúrguer no cardápio, aí é um show à parte. São 13 opções, com pães especiais e acompanhados de batatas rústicas, fritas ou frika onions e molho extra. Cada um tem um nome. O maior deles é o “Missão Impossível”.

E não para por aí. Tem também cinco sanduíches imperdíveis. O “El Cabron” é o que tem mais saída. É feito com fatias grelhadas de alcatra, com alface, tomate, cebola roxa e um molho especial de maionese Chimichurri, servido no pão careca torrado, exclusivo da Juan Bertoni Fabrique.

Uwe Waneck tem uma história de vida bonita, de muita luta e sacrifício. Depois de lavar pratos, trabalhar na cozinha e ser garçom em sua terra natal, desembarcou no Rio em 1993. Começou vendendo seus sanduíches na praia da Barra da Tijuca, onde os banhistas gritavam pelo “Sanduba do Alemão”, o primeiro a embalar o sanduíche com filme transparente.

Em 1995, conheceu Polyanna e veio morar em Itaipu, vendendo  com ela seus sandubas aos fregueses do Plaza Shopping e do Niterói Shopping até 2003. Dono de uma simpatia cativante acabou assumindo o cargo de relações públicas na área internacional da famosa joalheria Amsterdam  Sauer, onde trabalhou por 13 anos.

No dia 21 de abril de 2017 inaugurou o Frikadelle, fruto de um sonho de ter seu restaurante oferecendo a legítima comida da Alemanha aos brasileiros. A loja tem seu design interior assinado pela filha Júlia, 27 anos, formada pela UFRJ.

Com lágrimas nos olhos, conta as dificuldades que vem enfrentando pelas restrições da pandemia, mas ao mesmo tempo lembra que seus patrícios enfrentaram várias guerras e sobreviveram heroicamente.

Com a vacina tudo vai melhorar e as pessoas vão voltar à vida normal. Os restaurantes voltarão a ser o grande point do prazer e de alegria.

– Viva a vida – brinda Waneck com uma tulipa da Tricadely, cerveja produzida com trigo importado da Alemanha.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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