O que mais inflama é o conceito do IPVA, que seria para a melhoria das estradas, ruas, avenidas. Nada disso. É facada pura e simples, como explica o site Significados. O grifo é meu:
IPVA é a sigla de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, que é um imposto estadual com o objetivo de arrecadar dinheiro sobre os automóveis das pessoas, independentemente de qual tipo de veículo for.
Parido em 1985, O dinheiro arrecadado todos os anos pelo IPVA ultrapassam os 20 bilhões, e sua renda tem a distribuição regida pela Constituição Federal. Esta determina que quase 20% da arrecadação seja encaminhada para o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O resto deve ser repartido em 50% para o Estado e 50% para o Município de domicílio do proprietário do veículo.
O destino do IPVA é confuso. De propósito. O que diz a lei:
“O único objetivo do IPVA é arrecadar dinheiro, e esse imposto é cobrado apenas de veículos que circulam em terra, ou seja, não compreende nenhum outro tipo, como barcos, lanchas, e etc. O IPVA é cobrado anualmente, e não tem relação nenhuma com a situação das estradas, ou das ruas, ele é apenas de uso fiscal.”
Até quando vamos levar chibatadas em plena luz do dia sem nada fazer? Nada, absolutamente nada justifica a nossa covardia. No país do rolezinho e de seu irmão mais velho, o arrastão, nós damos uma gorda contribuição para a esculhambação ao enfiarmos a cabeça na terra, como avestruzes amestrados, e deixar que o Estado esfole, arrebente, estupre, roube.
O IPVA é apenas uma parte dos escândalos que a nossa covardia provoca. Sob o signo do cagaço, deixamos que as empresas de energia elétrica arranquem vários por cento para sustentar a luz das ruas, responsabilidade das prefeituras, o que configura bitributação, imposto sobre imposto, já que já pagamos o IPTU. Pior: as luzes das ruas continuam num estado lamentável, pelo menos em Niterói cidade onde moro e sou esfolado pelo poder público.
Se tivéssemos coragem mínima, se vivêssemos num país não indecente, já teríamos nos reunido e, numa ação pública, processado o Estado por uso indevido do IPVA. Pergunto a vocês, leitores: quem aí sabe onde a dinheirama (bilhões) vai parar.
Mais: por que as prefeituras, além de nos achacarem com o IPTU escandalosamente caro, vai na conta de luz e crau!, arranca um pedaço para ela? Para que serve a Taxa de Incêndio já que pagamos uma fila de impostos que dariam muito bem para sustentar os Bombeiros? E, finalmente, que o Estado (e seus políticos) acham que temos cara de babaca não há dúvida. Pergunto: ainda dá tempo de reagir?
Como?
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