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Inflação sobe ao palco do Teatro Abel

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O maior teatro de Niterói pode ficar sem programação porque a Rede La Salle no Brasil, mantenedora do Colégio La Salle Abel resolveu aumentar o valor do aluguel da casa,  reajustando-o em até 650 por cento para peças infantis (passa de R$ 800 para R$ 6 mil por dia; e para espetáculos adultos, a diária sobe de R$ 2,1 mil para R$ 9 mil). Segundo produtores teatrais, essa tabela inviabiliza a montagem de qualquer peça nesse teatro, mesmo aquelas que são sucesso de bilheteria.

O Teatro Abel, inaugurado em 1986, tem 500 lugares e seu quadro de pessoal é formado por dois bilheteiros, um técnico de luz e som, um porteiro e um faxineiro. Segundo a Rede La Salle, ela rescindiu o contrato com uma empresa que intermediava as locações, passando ela própria a cuidar do aluguel do espaço “por um preço condizente com os custos operacionais de uso do teatro”.

Os produtores teatrais, por sua vez, dizem que já têm grandes despesas com o pagamento de direitos autorais ao Ecad e à Sbat; com a locação de equipamentos de som e de luz; técnicos e atores, além do custeio de hospedagem, alimentação e transporte de artistas.

Para o segundo semestre, o Teatro Abel tem somente programada uma temporada de balé, acertada com escolas de Niterói desde o ano passado. Até o mês que vem apresentará duas peças infantis (“Aladin” e “O Rei Leão”) e dois espetáculos para adultos (“A vida é uma piada”, com o humorista Nil Agra; e “Sem cerimônia”, com a jornalista Fernanda Gentil).

Inaugurado pelo irmão Amadeu, de saudosa memória, estreando há 33 anos a peça “Fedra”, com Fernanda Montenegro, o Teatro Abel faz parte do circuito teatral do Rio, sendo importante para Niterói pela montagem de grandes produções na cidade. Foi criado visando incentivar o movimento cultural da escola e de Niterói, servindo de palco também para os grandes eventos lassalistas, como formaturas e peças encenadas pelos alunos, além de abrir espaço para outros colégios e faculdades.

O complexo La Salle de Niterói, dirigido hoje pelo irmão Jardelino Menegath, é uma instituição filantrópica, que goza de incentivos fiscais. O terreno que a instituição ocupa na Avenida Roberto Silveira foi doado aos lassalistas em 1955 por Edmundo de Macedo Soares, governador do antigo Estado do Rio de Janeiro, como incentivo à educação e à cultura niteroiense.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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