Publicidade
Categories: Sem categoria

Huap muda gestão, mas mantém emergência fechada

Publicidade

A Universidade Federal Fluminense (UFF) deve decidir amanhã (27/01), se aprova ou não a contratação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para assumir a gestão do Hospital Antonio Pedro (Huap). Dentre as nove diretrizes listadas pela resolução já aprovada pelos conselheiros do Huap para entregar a gestão do hospital à Ebserh, nenhuma delas fala em reabertura da emergência para a população. Em nota, a UFF diz que o “Huap continuará a ser 100% SUS e gratuito”, e que também preservará os direitos trabalhistas dos servidores. Impedidos por manifestantes de realizar as duas últimas reuniões para tratar do assunto, os membros do Conselho do Huap foram convocados para participar de uma inédita votação pela internet. O resultado foi que dez votaram favoravelmente a entrega da gestão do hospital à Ebserh; seis se abstiveram alegando discordar do método de votação e três não responderam ao e-mail enviado pela direção do Huap. As entidades de professores, alunos e funcionários prometem estar em peso na reunião do Conselho Universitário da UFF, amanhã, às 9h, no Instituto de Geociências, para pressionar os conselheiros a votar contra. Deveriam ter outras preocupações, como a reabertura da emergência do hospital, fechada há mais de dois anos, quando somente passou a atender casos referenciados, e ampliar o atendimento ambulatorial. Ainda mais agora, quando muita gente está perdendo direito a plano de saúde, diante da crise econômica e do desemprego, e vai precisar mais da saúde pública. O Antonio Pedro teria era que aumentar e melhorar o atendimento ambulatorial. Voltar a fazer cirurgias e ocupar todos os leitos, hoje a grande maioria desativada. Quantos profissionais da área médica tem hoje o hospital, entre médicos e professores, a maioria com dedicação exclusiva, e quantas cirurgias são feitas por mês? A produtividade deles é satisfatória? São perguntas que a população gostaria de ver respondidas pela UFF. É preciso parar com a discussão em torno de projetos pessoais. O que é melhor para a população deveria estar em primeiro lugar, já que a UFF é uma universidade sustentada pelo governo federal, via impostos pagos pela população. Essa discussão toda em torno do Huap deveria estar centrada na exigência de melhorias para o hospital e melhores condições de trabalho para quem exerce suas atividades ali. A população já está cansada de conversa fiada. Quer um hospital eficiente e que lhe atenda sempre que precisar, pois já paga com muito sacrifício pelos serviços que deveriam ser públicos de verdade.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

Recent Posts

Caos na saúde infantil: Getulinho manda crianças buscarem socorro em SG

Prefeitura de Niterói já entregou, este ano, R$ 58 milhões para OS fazer a gestão…

20 horas ago

Cientista niteroiense tem brilhante carreira reconhecida internacionalmente

Renato Cotta toma posse no MAE Alumni Hall of Fame da North Carolina State  University…

3 dias ago

Desembargador niteroiense desafoga o TJ com mediações amigáveis

Desembargador César Cury defende a mediação como a melhor solução para a resolução de conflitos Só este…

4 dias ago

Dicas para os cariocas aproveitarem o feriadão do G20 em Niterói

Do pátio do MAC, na Boa Viagem, descortina-se um leque de opções para o visitante…

1 semana ago

Pinheiro Junior faz 90 anos buscando a verdade como a melhor notícia

Pinheiro Junior com a beca dos imortais da Academia Fluminense de Letras, no dia de…

1 semana ago

Grael vai à Conferência de Clima enquanto Niterói alaga com pouca chuva

A Rua Presidente Pedreira, no Ingá, mais uma vez vira um rio, mesmo quando a…

1 semana ago
Publicidade