Chova ou faça sol um grupo de comerciantes portugueses se reúne diariamente há 25 anos para bater papo e jogar palitinho (ou purrinha, para os menos puritanos). Durante a confraternização buscam também saber mais sobre a temperatura das vendas em Niterói.
Quando o encontro começou no Bar Fidalguinhos eram sete. Recentemente perderam o parceiro e amigo Gentil Gomes de Souza. Os amigos jogavam em pé, ao lado do balcão. Agora abrem e fecham às mãos sentados Antônio Gomes Eduardo, Orlando Cerveira, Francisco Carlos, Horácio Ferreira e Adriano Baltazar.
Cada um traz três moedas no bolso. O jogo começa às 11h30m, dura cerca de meia hora e o perdedor paga a pequena despesa de água e cafezinho, na Cafeteria Gourmet, no Shopping 211, da Rua Moreira César.
Não se encontram aos domingos, mas em compensação uma vez por mês almoçam em um restaurante da cidade. A conta é salgada para quem não tiver sorte no jogo.
O papo é variado e a discussão pode ser sobre política, futebol e comércio. Embora fosse uma mesa de vascaínos, o papo dessa sexta-feira (1712) foi se o treinador Jorge de Jesus deveria deixar o Benfica para assumir novamente a equipe do Flamengo? Por unanimidade opinaram que o conterrâneo deve permanecer na terra lusa e não voltar aos campos de futebol brasileiro.
A porrinha ou purrinha é um jogo em que se usam pedaços de papel, moedas, feijões ou palitos queimados (algo pequeno que possa ficar facilmente escondido dentro da mão). Pode ser jogado com várias pessoas. Cada participante joga com três moedas, tendo de escolher quantas vai deixar na mão para que os demais jogadores adivinhem a quantidade. Ganha aquele que acertar o total de moedas da rodada.
O nome certo de um dos portugueses, não é Antonio Cerdeira e sim, Orlando cerveira