O prefeito Axel Grael passeou de barco neste fim de semana enquanto Niterói parou no caminho das praias. Foi mais um sábado e domingo caótico para os moradores e para quem queria chegar ou sair da Região Oceânica.
Numa prévia de como vai ser infernal o próximo verão, banhistas e moradores tiveram que enfrentar horas de trânsito congestionado. Pelo caminho não se via nenhum operador de trânsito. Nos carros e em ônibus lotados, motoristas e passageiros pagavam o pecado por não terem a mesma sorte do prefeito velejador.
Camboinhas e Itacoatiara, que têm somente um acesso para carros, foram os que mais sofreram. Em Piratininga o caos foi outro. A Prefeitura teve a irresponsabilidade de realizar um espetáculo musical na praia, na parte da tarde, para juntar mais gente ao grande número de banhistas.
Alheio a esses problemas mundanos, ignorando os moradores da Região Oceânica, que pagam um dos IPTUs mais caros do país, o prefeito Axel Grael postava no Facebook que estava “num vento bom”, velejando com seu Corsair, centenário barco de época, talvez um dos mais antigos do Brasil.
Podia se quisesse dar um mergulho nas praias de Itaipu, Itacoatiara, Camboinhas e Piratininga se refestelando na sua confortável embarcação. Ao contrário dos pobres mortais que tiveram o desconforto de horas de sofrimento parados no calor de um engarrafamento.
O mentor da malfadada Transoceânica, ex-prefeito e atual secretário executivo Rodrigo Neves, que responde na Justiça a processos pelo superfaturamento dessa obra, assim como os outros 64 secretários e presidentes de órgãos municipais, todos desaparecem nessa hora.
Não aparece na pista nenhum dos mais de seis mil comissionados para trabalhar e ajudar a controlar o trânsito e minorar o desconforto e sofrimento de tanta gente. Ano que vem, certamente, estarão todos eles balançando bandeirolas nas esquinas de Niterói pedindo votos para seus empregadores.
Por sua vez, usuários do transporte coletivo têm que esperar muito pelo ônibus, em abrigos que mal os protegem do sol ou da chuva. Mas os empresários têm a cara de pau de pedir subvenção à Prefeitura, mostrando planilhas viciadas e sempre buscando na Justiça acordos combinados entre o Sindicato das Empresas de Ônibus e quem decide pelo Governo Municipal.
Axel e Rodrigo estão mesmo interessados em gastar os bilhões que o município arrecada com os royalties do petróleo patrocinando shows em comemoração aos 450 anos de Niterói. Buscam aplausos para manter sua tropa no poder por mais alguns anos.
O Ministério Público precisa ficar de olho nessas transações entre donos de empresas de ônibus e executivos municipais que respondem a processos criminais por corrupção. Precisa também questionar a contratação de shows milionários, enquanto a rede de saúde não tem médicos nem remédios, e nas escolas a merenda falta ou é servida com valores nutricionais abaixo do recomendado.
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