O verão está literalmente pegando fogo nas praias da Região Oceânica de Niterói. Um incêndio consumiu, na tarde desta quinta-feira (03/01) um barracão que pescadores usavam como quiosque na praia de Piratininga, usando fogão a gás e instalação elétrica precária, segundo o Corpo de Bombeiros. A desordem urbana nas praias chega a níveis insuportáveis nesses dias de sol quente, sem que a Operação Verão da prefeitura consiga evitar incidentes como esse e o do dia 31/12, quando um outro incêndio causado pelo excesso de lixo jogado no mato atingiu quatro carros em um estacionamento improvisado na praia de Camboinhas.
Em novembro, a prefeitura anunciou uma Operação Verão para ordenar o trânsito e o acesso de banhistas às praias de Niterói, prometendo contar com 70 agentes da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), 30 agentes de trânsito da NitTrans e 80 garis da Companhia de Limpeza Urbana (Clin).
Na ocasião, o secretário da Seop, coronel PM Gilson Chagas, disse ainda que agentes operacionais e da Fiscalização de Postura iriam “promover o ordenamento nas faixas de areia, calçadão, ruas e praças próximas aos locais frequentados pelos banhistas. Os agentes também fiscalizarão os quiosques. Flanelinhas serão conduzidos por exercício ilegal da profissão”.
O verão começa a atingir o seu ápice, mas o que se vê nas praias oceânicas, onde é incalculável o número de frequentadores, é uma insuportável desordem urbana.
Em Piratininga, hoje à tarde, o fogo destruiu também uma tenda de descanso de salva-vidas. Não houve vítimas. Segundo a Administração Regional da Região Oceânica, essa é a segunda vez que pega fogo no barracão dos pescadores, nos últimos três anos.
No último dia de 2018, quatro carros pegaram fogo por volta das 16h em um terreno que fica em frente ao quiosque da Tia Lúcia e serve como estacionamento na praia de Camboinhas. As chamas se alastraram pelo mato seco e tomado por lixo jogado por frequentadores.
O primeiro veículo atingido pelo fogo explodiu e as chamas atingiram outros três. Veja o vídeo ao lado.
A desordem de ambulantes que ocorre na prainha de Piratininga é um horror. Muitos nem lixeira tem e acabam usando a própria areia como tal. Nada contra o comércio informal nas praias, mas a partir do momento que eles não zelam pelo local, deveriam receber um tremendo choque de ordem.
Mas a quem isso interessa, não é mesmo?