Hoje à tarde, os contribuintes eram barrados por um guarda no portão, onde um cartaz escrito a mão informava sobre a falta de energia na Secretaria de Fazenda, que é responsável pelo controle da arrecadação do município, mas na treva toda a movimentação financeira ficou sem acompanhamento dos técnicos que não podiam usar os computadores.
Há poucos dias, a secretária de Planejamento, Giovanna Victer, disse na Câmara de Vereadores que as contas municipais “estão saudáveis”. Segundo ela, em Niterói não chegou a crise financeira que já se abateu sobre o Estado do Rio de Janeiro.
Contrariando o discurso da secretária, a crise financeira afeta a saúde em Niterói também. A Unidade de Médico de Família de Pendotiba, em Matapaca, não tem mais medicação para febre, hipertensão etc.
Um profissional de saúde diz que trabalham ali “somente com ajuda de Deus; falta tudo na farmácia do posto, desde dipirona para atender casos de dengue, até soluções injetáveis para urgências como febre alta em criança com risco de convulsão também”.
Para que os vereadores aprovassem uma redução drástica nas metas fiscais do orçamento deste ano, que previa superávit de R$ 45 milhões, agora estimado em apenas R$ 398 mil, a secretária de Planejamento justificou, sem explicar como as contas de Niterói estariam sadias:
– A inflação é maior do que a prevista. A arrecadação de tributos e repasses importantes, como ISS, ICMS e FPM, ficaram aquém do esperado. Nesse cenário, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO para o exercício financeiro de 2016, precisa de ajustes – disse Giovanna.
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