Faltam remédios e até soro nas unidades de saúde da Prefeitura de Niterói

O Almoxarifado da Coordenação de Farmácia, na Ponta da Areia, vive com as prateleiras vazias

Entra ano e sai ano, muda de secretário e a politicalha continua na Secretaria de Saúde de Niterói onde falta de tudo, até o soro (cloreto de sódio 0,9%) e outros medicamentos imprescindíveis à rotina de qualquer unidade de atendimento. O descaso é tão grande que, depois de o processo de compra desse e de outros insumos haver ficado um tempo excessivo para aprovação na Secretaria de Planejamento, que não dá a mínima prioridade para a compra de remédios, finalmente o empenho foi liberado e encaminhado à Controladoria Geral do Município, a qual esperamos que venha agir com mais rapidez para resolver esse grave problema de debastecimento e descaso com a saúde dos niteroienses.

A falta de gestão da Secretaria de Saúde é ainda mais gritante no Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, onde a empresa Vida Light deixou de fornecer a comida para os pacientes desde ontem, por falta de pagamento. Pacientes e funcionários somente não ficaram com fome porque a direção do hospital conseguiu comprar umas quentinhas. Outro problema enfrentado pelos profissionais que ali atuam ainda é que ainda não conseguiram receber o mês de janeiro.

Enquanto isso, a Prefeitura de Niterói, que cobra um dos IPTUs mais altos do país, dona de um orçamento privilegiado pela gorda arrecadação com os royalties do petróleo, está esbanjando a grana com shows e festas, além de manter 65 secretarias, onde a grande maioria dos comissionados aparecem somente nos caixas eletrônicos para receber seus vencimentos.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.