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Falta medicamento e até material saneante nos hospitais municipais de Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 10:10 do dia 18 de março de 2022
Sobre: Estado crítico
  • Hospital Carlos Tortelly
18mar
Hospital Carlos Tortelly
Faltam medicamentos básicos para atender pacientes dos hospitais da Prefeitura de Niterói

Falta todo tipo de medicamento nos hospitais municipais de Niterói. Os almoxarifados estão sem nenhum tipo de soro, de antibióticos e de material saneante (álcool etílico, antifúngicos e bactericidas) para evitar a infecção hospitalar em pacientes. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) não realiza licitações, apenas faz compras emergenciais quando a situação fica crítica nos hospitais, e acaba pagando mais caro. A mais recente foi feita em setembro e o estoque já está zerado.

Pacientes dos Hospitais Municipais Carlos Tortelly, Orêncio de Freitas, Psiquiátrico de Jurujuba, Maternidade Alzira Reis e Unidade de Urgência Mário Monteiro estão sofrendo, novamente, com o desabastecimento, porque até hoje, na segunda metade de março, nada foi feito para suprir as necessidades prementes para uma boa assistência aos internados.

No ano passado, a FMS abriu o processo emergencial 200/3261/2021 para suprir as necessidades dos hospitais da rede durante os meses de setembro a novembro. Desde então, nenhuma compra foi feita e o Almoxarifado Central de Medicamentos da FMS está com as prateleiras vazias.

Mesmo pagando mais caro do que pagaria se realizasse uma concorrência pública, dos 483 itens da compra emergencial, 112 não tiveram fornecedores interessados em vender para Niterói; 18 não foram entregues até hoje e outros 13 tiveram entrega parcial até este mês, segundo revela uma fonte do Almoxarifado Central de Medicamentos.

Estoques zerados

Dentre os medicamentos zerados no almoxarifado dos hospitais da rede municipal de Niterói estão os seguintes:

Antibióticos/Antifúngicos – Amicacina 250 mg/ml 2 ml amp; Amoxicilina 100 mg + Clavulanato de Potássio 200 mg f/a; Amoxicilina 500 mg + Clavulanato de Potásssio 125 mg comp.; Ampicilina 1 g f/a; Ceftriaxona 1 g EV/IM; Ciprofloxacino 2 mg/ml 100 ml; Metronidazol 5 mg/ml 100 ml; Meropenem 1 g f/a; Micafungina 50 mg; Polimixina B 500000 ui f/a; e Tigeciclina 50 mg f/a.

Grandes volumes e eletrólitos – Cloreto de Sódio 0,9 % 10 ml, 100 ml, 500 ml; Ringer com Lactato 500 ml; Glicose 55 500 ml; Manitol 20% 250 ml; Glicerina 12% clister 500 ml e Sorbitol + Manitol 1000 ml;, Bicarbonato de Sódio 8,4% 10 ml e 250 ml; Glicose 50% 10 ml; Sulfato de Magnésio 10 %, 50 % 10 ml; Água destilada 10 ml; Cloreto de Sódio 20% 10 ml.

Para terapia nutricional – Aminoácidos+Glicose+Eletrólitos capacidade 1000 m bolsa;  Aminoácidos + Glicose + Lipídeos + Eletrólitos capacidade 1875 a 2100 ml bolsa; Aminoácidos + Glicose + Lipídeos + Eletrólitos capacidade até 1250 ml bolsa; Polivitamínico 10ml ampola; Sulfato de zinco 2,5mg + Sulfato de Cobre 0,8mg + Sulfato de Manganês 0,4 mg + Cloreto de Cromo 0,01 mng/ml 2 ml Adulto ampola.

Saneantes – Ácido Peracético 0,2% com inibidor de corrosão 5 litros galão; Água Oxigenada 10 vol. 1000 ml frasco; Álcool Etílico70% para assepsia de pele 100 ml; Álcool Etílico 70% para superfície 1000 ml frasco; Álcool Etílico Absoluto 99% 1000ml; Clorexedine 0,5% 100 ml solução alcoólica frasco; Clorexedine 2% 100 ml solução degermante frasco; Detergente Enzimático c/ 3 enzimas 1000 ml; e Ortoftalaldeído 0,55 % solução galão 3,78 litros.

Saúde Mental – Ácido Valpróico 250mg capsula; Ácido Valpróico 500 mg comprimido; Amitriptilina 25mg/75mg; Carbamazepin 200 mg comprimido; Carbonato de Lítio 300 mg comp; Fenobarbital 100 mg comp; Fenobarbital 100 mg/ml 2 ml EV/IM; Flufenazina 5 mg comprimido; Flufenazina Depot 25 mg/ml 1 ml ampola; Fluoxetina 20 mg; Fenitoína 100 mg comprimido; Fenitoina 50 mg/ml 5 ml ampola; Haloperidol 5 mg; Haloperidol 5 mg/ml 1 ml ampola; Haloperidol Decanoato 50mg/ml 1 ml ampola; Flumazenil 0,1mg/ml 5 ml ampola; Levomepromazina 25mg/100mg; Risperidona 1mg/2mg; e Tioridazina 10mg/50mg/100mg.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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6 thoughts on “Falta medicamento e até material saneante nos hospitais municipais de Niterói

  1. Mas os ROYALTIES continuam entrando fora os salários das SECRTETARIAS que servem de base para o grande CABIDEIRO de empregos VIVA LA REPUBLICA MUCHACHOS

  2. A quem interessa esse desmonte da saúde em Niterói? Sabemos que um governo sério, comprometido planeja suas ações e garante qualidade dos serviços
    É uma soma de supostas incompetências, vendendo a falsa ilusão de que a solução é entrar com iniciativas privadas para dar conta

    1. A rede Extra hospitalar também está sofrendo. A saúde mental, por exemplo, está praticamente zerada de medicações psicotrópicas. E a Prefeitura anunciando que está rica e fará várias obras. Como assim? Se o básico para uma assistência à saúde não está sendo fornecido?

  3. Sem comentários ! não aceitamos mais esse modelo de completa ignorância em gestão e também falta de vontade em cumprir aquilo a que se propôs como candidato a um cargo de governo
    Que decepção e tristeza . . .

  4. Falta de respeito com quem precisa desses hospitais cadê a senhora Maria Célia Vasconcelos e o secretário só sabem fa live, a saúde pede socorro

  5. Como um munícipio, que recebe centenas de milhões de Royalties de petróleo. pode chegar a esse ponto ??? Além disso possui dois Órgãos Publico, Secretária Municipal de Saúde e Fundação Municipal de Saúde apinhados de Gestores e funcionários e ainda contratam ONG para gerir hospitais, Ontem o Posto de Saúde do Engenho do Mato, segundo diversas postagens no Face box mão tinha nenhum medico. É realmente difícil de entender !!!!

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