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Estudantes de Arquitetura projetam abrigos para pessoas que vivem na rua

Escrito por Gilson Monteiro às 17:27 do dia 28 de maio de 2020
Sobre: Soluções criativas
  • abrigos
28maio

abrigosAbrigos para pessoas em situação de rua e até hospitais de campanha foram projetados por 13 alunos do curso de Arquitetura do Unilasalle. Em tempos de Covid-19, os estudantes pensaram na necessidade de proteger a população com soluções que diminuam a sobrecarga do sistema de saúde e o cuidado com os moradores de rua.

Os futuros profissionais tinham a missão de criar projetos que pudessem, dentro do atual contexto que vivemos, mostrar a relevância da Arquitetura Efêmera.

Segundo Diego Caetano, coordenador adjunto do curso de Arquitetura e Urbanismo, a Arquitetura Efêmera tem um papel importante na sociedade:

– Ela versa sobre a possibilidade de uma arquitetura mutante, adaptativa, de uma arquitetura que atende a uma dinâmica de transformação do espaço urbano.  Produzir uma arquitetura para atender uma demanda emergencial ou uma demanda decorrente das vulnerabilidades sociais que nós temos é uma forma da profissão do arquiteto. Eu acho que é isso que esperamos da formação dos nossos alunos:  conscientes da função social que a profissão possui e da importância de atuar como agentes transformadores da sociedade – afirma Diego Caetano.

As alunas Ester Moreira e Tainá Vallado projetaram abrigos provisórios para a população em situação de rua. Esses abrigos poderão ser usados após a pandemia, por se transformarem em mochilas. Fernanda Moreira e Yuri Oliveira pensaram na ocupação de vazios urbanos por pessoas que dormem nas ruas. Steve de Carvalho desenhou abrigos para este mesmo público perto de áreas de grande aglomeração no centro de Niterói.

Luciana Baeta, Lorena Mendonça, Thiago Azevedo e Viviane Andrade projetaram um hospital de campanha no antigo estacionamento do supermercado Carrefour, no Centro. Hospitais de campanha em outros municípios com pouca estrutura foram a proposta de Beatriz Bard e Raquel Dias para Nova Friburgo.

Jordana Chiapetta e Mariana Fonseca escolheram o município de Rio Bonito. Elas visualizaram na construção inacabada de uma faculdade na BR 101 um hospital de campanha para diminuir a sobrecarga dos dois hospitais e da UPA do município. As alunas propuseram criar uma fachada com lonas de ráfia. “Esse é um material fácil de ser encontrado, fácil de ser instalado, sem manutenção e de baixo custo.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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One thought on “Estudantes de Arquitetura projetam abrigos para pessoas que vivem na rua

  1. Muito bonitinho, mas que tal as faculdades de arquitetura espalhadas pelo país desenvolverem um modelo de HABITAÇÃO DECENTE, que ofereça moradia permanente digna para as pessoas, fazendo uso de técnicas de construção sustentáveis, respeitando nossas condições climáticas, utilizando materiais reaproveitados ou de baixo impacto ambiental?

    Que tal se esses projetos fossem incorporados pelo poder público e virassem política de Estado, INDEPENDENTEMENTE DE PARTIDOS POLÍTICOS, garantindo o DIREITO CONSTITUCIONAL à moradia DIGNA? Ter um local decente para morar não é privilégio de quem tem mérito para pagar pela moradia, mas uma GARANTIA PREVISTA EM LEI, e os recursos para garantir tal direito têm de vir da poupança pública, que por sua vez vem dos impostos pagos, aí sim, por aqueles que têm mérito para alguma coisa (ou pelo menos acham que têm).

    Que tal se o poder público, representante da população como um todo – e não de uma horda de empresários safados – confiscasse terrenos e edificações OCIOSAS que estão nas mãos de proprietários privados, e usasse essas áreas OCIOSAS para disponibilizar moradias decentes e de baixo custo para a população desassistida?

    Desafio os estudantes da dita faculdade, e de todas as outras, a desenvolver e publicar um projeto sério de moradia permanente, para oferecer à população mais carente a dignidade que tem direito, POR LEI, de ter.

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