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Coluna do LAM

Estado do Rio: lotação esgotada

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Quem sobrevoa a chamada Região Metropolitana do Rio percebe que se tornou um mar de construções irregulares, desumanas, perigosas, antigamente tratadas como favelas mas que o cinismo pequeno burguês, aliado ao politicamente correto, mudou para “comunidades”. Choca menos.

Casas penduradas em abismos, prédios de até 12 andares construídos de qualquer jeito, devastação das matas, poluição dos rios, para orgasmo dos corruptos que sugam a política, e vão continuar sugando.

A miséria sempre foi um ótimo negócio para os ladravazes do poder e quanto maior a fome, quanto maior a criminalidade, mais “vozes justiceiras” surgem nas anônimas multidões faturando com isso; numa ponta ganhando mandatos como parlamentar e similares, na outra embolsando milhões de reais em corrupção com obras superfaturadas.

É lucrativo para a corrupção tratar o controle da natalidade como tabu, crime, medida desumana. Famílias bem planejadas (em todas as classes sociais) significam uma melhor ordenação do Estado. Mas os corruptos tem horror a ordem, ao planejamento, ao bom senso porque eles ganham (e muito) com a desordem, inchaço, desumanidade.

A desgraça para muitos mandatários e maus religiosos precisa ser ampla, geral e irrestrita porque é baseado nela, na desgraça alheia, que eles faturam. Quanto mais miseráveis nascerem, quanto mais miseráveis viverem e morrerem, melhor para esses facínoras que prometem o céu e em troca dão o inferno; roubo, falácia, estelionato moral, político, religioso.

Obra, obra, obra, BRT, BRT, BRT, metrô, metrô, metrô, UPP, UPP, UPP, UPP, barca, barca, barca, nada resolve os dramas urbanos do Rio. Por que? Porque o Rio lotou, esgotou, não cabe mais ninguém. Quando falo Rio estou me referindo a capital e também região metropolitana e periferia, onde se encontram cidades como Caxias, Belford Roxo, Magé, São Gonçalo e Niterói. Mas é proibido falar em controle da natalidade. É tabu.

Alguns fenômenos da não-natureza só servem para destruir e a especulação imobiliária gananciosa e desenfreada é um desses fenômenos. Fora do Rio anuncia um paraíso, uma Shangrilá com a população dando beijo na boca esperando o VLT e outros presentinhos fúteis para uma cidade de mentira.

Lula/Dilma/Temer, Aécio, Cabral, Pezão, Paes, Crivella, Rodrigo Neves, Cunha, Moreira, Padilha, são deformações que nasceram dessa jogatina.

Vendem muquifos de 30 metros ao longo de anos (com o irrestrito apoio das autoridades), e a Região Metropolitana foi inflando até explodir. Caos no Rio (capital), caos em Caxias, Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, enfim, onde existe a especulação imobiliária reina o inchaço, a criminalidade, a deformação. Soma-se a isso a falta de controle da natalidade e pou!

A utopia grita: controle da natalidade já!

Luiz Antonio Mello

Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.

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