A administração estadual está quebrada, a economia estagnada e, a cada delação mostrada noite e dia nos jornais e noticiários na televisão, o eleitor vê mais escancarada a política que praticavam com o seu voto.
Além dos imóveis pertencentes ao falido Estado do Rio — que na mesma área dos acessos à ponte mantém outros prédios ainda funcionando, como o da Cedae e o do Detran –, a prefeitura de Niterói coleciona também seus escombros históricos, dentre eles a Casa de Norival de Freitas, na Rua Maestro Felício Toledo, no Centro, que desde quando foi desapropriada em 1974 nunca viu uma reforma sequer. Mas está listada como bem cultural ativo, pela Secret
Do “bolo de noiva”, como era conhecido o edifício do Tribunal de Contas, ladrões já tiraram tudo o que podiam. Roubaram portas, gradis e até aparelhos de ar condicionado que foram deixados para trás pelo governo.
O terreno da Emop chegou a ser oferecido pelo ex-governador Sérgio Cabral ao prefeito Rodrigo Neves, para que o município o vendesse juntamente com outras 19 áreas de propriedade do Estado para garantir a contrapartida da prefeitura em um projeto ambicioso de revitalização do Centro que seria tocado por quem? Pela Odebrecht, pela OAS e pela Andrade Gutierrez.
A cessão desses terrenos chegou à Assembleia Legislativa, que acionou o Ministério Público. Na época, em junho de 2013, o deputado Comte Bittencourt (que hoje acumula esse mandato com o de vice-prefeito licenciado de Niterói) pediu uma investigação sobre a doação de bens públicos para fins privados. Essa cessão acabou não acontecendo, assim como a Operação Lava-Jato acabou engavetando o projeto de entregar o Centro da cidade ao consórcio Odebrecht/OAS/Andrade Gutierrez.
O triste é que a população vê tudo se deteriorando sem ouvir uma voz sequer em defesa do patrimônio público. Exemplo maior desse descaso é a velha casa que mal se sustenta de pé na Rua Maestro Felício Toledo. Quem passa por ela acha estranha aquela propriedade com suas grades de ferro desenhadas em estilo art nouveau escondidas por velhas folhas de fórmica cobrindo a vergonha de como os administradores cuidam da coisa pública.
O prédio do Mercado Municipal, inaugurado em 1920, é um próprio estadual. Em 2014, o prefeito Rodrigo Neves acertou com o governador Cabral a cessão do imóvel em estilo neoclássico para nele criar um centro gastronômico e de floricultura. Dinheiro para obra o prefeito disse, em 2014, que levantaria R$ 11 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), do Ministério do Turismo.
Em 2016, o projeto que deveria ser inaugurado em 2015 voltou às promessas de campanha na reeleição de Rodrigo Neves, mas continua no papel, enquanto ele prossegue gastando R$ 15 milhões por ano (desde 2014) em campanhas de publicidade executadas pela agência Prole, cujos donos estão cada vez mais enrolados na Operação Lava-Jato, como suspeitos de participar do esquema de corrupção de Sérgio Cabral.
Assombrados com a “delação do fim do mundo” feita pelo presidente e por ex-diretores da Odebrecht, aos eleitores resta assistir hoje como o dinheiro público era manipulado por empresários e políticos. Talvez agora muitos entendam por que o Estado do Rio quebrou, a saúde faliu e as ruas foram tomadas por ladrões de todos os calibres.
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