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Engarrafamento do feriadão mostra como será o verão na Região Oceânica de Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 14:55 do dia 13 de setembro de 2023
Sobre: Nó no trânsito
  • Trânsito para no feriadão ensolarado na Região Oceânica de Niterói
13set
O trânsito parou no último feriadão ensolarado na Região Oceânica de Niterói

O engarrafamento de trânsito do último feriadão mostra como será o verão na Região Oceânica de Niterói. O acesso às praias deveria contar com uma engenharia de trânsito eficaz. Em vez disso, a prefeitura optou por sufocar a via principal da região com uma milionária e imprestável Transoceânica.

Agora mesmo, às vésperas dos congestionamentos de verão que se avizinham, o prefeito Axel Grael preocupa-se somente com seu marketing político, prometendo a finalização do primeiro trecho da obra da rotatória de Camboinhas.

Como se fosse uma medida saneadora do caos no trânsito, flanelinhas autorizados pela prefeitura cobram pelo estacionamento nos acessos às praias. Nem moradores dos bairros oceânicos escapam do pagamento.  Mas a Suten (Superintendência de Terminais e Estacionamentos de Niterói), autarquia a qual a prefeitura entregou a exploração das vagas, não divulga o montante arrecadado nem sua destinação.

Isto acontece em uma região que recebe muita gente nas praias de Piratininga, Itaipu, Camboinhas e Itacoatiara, principalmente nos feriadões e fins de semana. Moradores evitam sair de casa até para fazer compras diante do transtorno causado pelo tempo perdido no trânsito. Se alguém precisar de socorro urgente é outro Deus-nos-acuda.

Com o aumento da população de Maricá, cresceu o número de moradores e visitantes de Itaipuaçu cruzando com seus veículos a Estrada da Serrinha para chegar às praias oceânicas de Niterói. Agora contam até com uma linha de van, autorizada pela prefeitura de Niterói.

O prefeito Axel precisa deixar de fazer marketing para a sua reeleição. Precisa contratar um especialista em sistema viário para tentar resolver o problema do trânsito que existe em toda a cidade.

Um governo com 65 secretárias, mais de 6 mil funcionários, deveria aplicar melhor a receita orçamentária de R$ 5,3 bilhões, resultado da cobrança de um dos IPTU mais caros do país e da arrecadação de R$ 2,4 bilhões de royalties do petróleo.

Essa questão deve ser também preocupação do Ministério Público em procurar saber quais as providências estão sendo tomadas pelo poder público para solucionar esse problema do trânsito, a fim de minorar o sofrimento dos niteroienses.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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20 thoughts on “Engarrafamento do feriadão mostra como será o verão na Região Oceânica de Niterói

  1. A ineficácia do gestor municipal pode ser bem retratada na conhecida rótula da av. Central, local na qual os veículos desconhecem a prioridade de uma rótula, não respeitando-a bem como ao semáfora, pessimamente posicionado logo após a saída de uma curva (!!!), além do agente da prefeitura ficar apenas posicionado na calçada de uma drogaria famosa, apitando, creio eu, para motoristas daltônicos ao invés de regular o tráfego CRIMINOSO feito nessa rótula. Poucos sabem o que significa a placa de um triângulo invertido, carecendo de placas escritas informando de quem é a preferencial.
    Pior ainda é ver alunos da escola municipal existente nas proximidades atravessando a rótula na curva em frente da agência bancária, fora da faixa, sem qualquer ação desse agente passivamente instalado na calçada da drogaria !
    O que a prefeitura espera? O atropelamento de crianças? Urgente intensificar a sinalização horizontal e de placas visíveis informando da rótula em ambos os sentidos , bem como fazer o agente de trânsito ser realmente útil ao ordenamento viário.

  2. É vergonhosa a situação da RO. Do jeito que ficou, a única coisa que imagino que pode ser implementada imediatamente é a melhoria da eficiência da via dos ônibus. Todos os ônibus deveriam circular por ali ainda em outubro, para se fazer um teste para o verão. A população precisa ver algum benefício para optar por deixar o carro em casa.

    Para resolver mesmo, só com vontade política, o que não parece ser o forte dessa prefeitura.

  3. O transito de Niterói na Região Oceanica é um absurdo, ninguém respeita sinal de trânsito. A cobrança do estacionamento nas praias também é outro absurdo. Você paga estacionamento para cada praia que for na Região Oceânica. Pq não tem um bilhete único para todas as praias? Falta planejamento e organização.

  4. Eu moro na região oceanica e o trânsito aqui é um caos. Não tem regras, ninguém respeita nada e o poder público nada faz para organizar a bagunça. As ruas são estreitas e perigosas. A transoceanica foi umas das mais caras e piores obras feitas, os ônibus que passam lá são pouquíssimo e os outros passam por fora. Não era melhor um corredor de ônibus?! A minha rua é uma subida esburacada e perigosa na entrada de camboinhas que a prefeitura não tem verba para consertar mas as paredes de pedra feitas na areia da praia de camboinhas para segurar quiosques particulares se ergueram em menos de seis meses. É um absurdo atrás do outro! Não espero nada de bom dessa rotatoria p camboinhas e ja estão estreitando as ruas aqui dentro, fico pensando se a prefeitura não tem um urbanista e engenheiro de transito que preste.

  5. A região oceânica ainda conta com os bueiros na via que mas parecem buracos, é o único lugar, até mesmo em Niterói, que os bueiros não ficam no mesmo nível do asfalto.

  6. Concordo plenamente , Sr. Gilson Monteiro! Este é um dos maiores problemas da nossa Região Oceânica, que perdura a mais de trinta anos ! Os gestores só fazem maquiagem nas vias, sem eficácia alguma, menosprezando seus moradores e aumentando cada vez mais visitantes, que é positivo, causando a todos, aborrecimento, stress e vergonha alheia! Haja paciência 😤🥵🤡🥴

    1. Eu sou um que não respeita sinais vermelhos. Tem muitos. Se for parar em todos, leva-se muito tempo de deslocamento. Se ultrapassar só a metade dos sinais vermelhos, o ganho de tempo é considerável e vale a pena. Experimente também.

  7. Boa noite
    Concordo com vc..sou morador de piratininga a mais de 30 anos nunca vi tamanha vergonha o trânsito da RO..
    3 ciclovias em piratininga pergunto..pra quem? Os poucos ciclistas, só pedalam pelo meio da rua. Estreitaram a pista dos carros..quando o ônibus para..todo mundo tem q parar…vergonha

    1. As ciclovias foram odiosamente planejadas. Fazem um zigue zague pelo meio dos bairros, aumentando enormemente o percurso. Ninguém que se transporta de bicicleta vai respeitar aquilo, porque aquilo é um desrespeito com quem se locomover pedalando.

  8. Obrigada por essa reportagem. Está muito difícil conviver com esse caos. Algumas ruas como a minha se transforma em alternativa para evitar o engarrafamento da principal. Socorro!!!!!

  9. O MP não só deveria questionar o que a Prefeitura está fazendo para melhoria da mobilidade urbana, como também questionar o empreendimento imobiliário que foi lançado há poucos meses bem no centro de Niterói e que vai transformar o centro da cidade um CAOS. Estou me referindo ao lançamento do RB 220 que serão 2 torres com 19 pavimentos cada uma. Serão aproximadamente 800 apartamentos.

  10. Como morador a 44 anos (desde 1979) da Região Oceânica e urbanista por profissão. não antevejo solução a curto nem médio prazo, tanto aos deslocamento das pessoas em seus carros, causando um enorme engarrafamento, quanto ao espaços para estacionamentos desses veículos no entorno das praias da RO.

    Os vetores, que levam a esse colapso da RO, são diversos. Á começar pela poluição eterna da Baia de Guanabara, como no último feriadão, todas as praias dela em Niterói, estavam interditadas para banho, que em caso contrário muito reduziria o nosso problema.

    Outro vetor que muito agrava toda essa situação, são os municípios, limítrofes de Niterói, de um lado São Gonçalo e de outro Marica, cujas praias por razões distintas, são impróprias ao uso.

    Outro fator atual, a falta de um transporte de massa urbano eficiente, o que muito reduziria os deslocamentos de veículos para nossas praias.
    Por todos os vetores citados e muitos outros, não teremos solução, milagrosa a curto e médio prazo. Pagamos um preço alto por tudo isso, ilhados em nossas casas e sem sequer poder contar com serviços emergenciais !!!,

  11. Texto completo…perfeito! Estocamos alimentos nos feriadões e rezamos para não ter nenhuma emergência médica neste dias. O maior problema não está no grande fluxo de carro, mas sim na Transoceânica que absorve um espaço que poderia dar folga a este fluxo que já é grande durante os dias normais. Imagina passar 1 hora dentro do carro de casa em Camboinhas até o Shopping Iatipu Multicenter…menos de 3 km. Viveremos também dos deliverys nestes dias de caos. Segue a dança!

  12. Gilson você tem toda razão. A pista da transoceânica fica vazia e poderia/deveria ser utilizada pelos carros nesses fins de semana caóticos.

  13. Essa reportagem está perfeita ,explicando tudo o que está acontecendo em Niterói e na região Oceânica, as obras de faxadas não resolveu e nem vai resolver o problema. Nos moradores da Região Oceânica estamos enjaulados finais de semanas e quando chegar o verão pior ainda.

  14. A ciclovia de piratininga vai contribuir muito para o engarrafamento….passam nesta ciclovia umas 10 bicicletas durante todo o dia… um absurdo!

  15. Importante destacar as mudanças nas Ciclo Faixas que suprimiram as Baias dos Pontos de Ônibus, que obstruem as estretíssimas vias, com as paradas de embarque e desembarque. Faz com que os veículos sejam obrigados a parar de transitar na via. Ressalta-se, as Escolas, nos horários de entrada e saída dos alunos para os pais para deixarem ou buscar os filhos. Parece intencional causar o caos e implantar o rodízio de placas de veículos.

  16. Um dos principais motivos de ter me mudado de Niterói foi esse trânsito caótico, principalmente na Região Oceânica, onde morava.

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