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Em Niterói o segundo maior sebo do país

Escrito por Gilson Monteiro às 11:36 do dia 20 de maio de 2017
Sobre: Cultura folheada
20maio

Ele começou a vender livros em 1970, no saguão da Faculdade de História da UFF, quando também entrou para o primeiro ano da Faculdade de Direito. Lá se vão 53 anos, durante os quais Adroaldo Peixoto foi professor, editor, advogado e até deputado, sem nunca ter deixado a profissão de livreiro.        

A Livraria Romanceiro tem hoje um acervo de 650 mil livros, sendo 70 por cento usados e 30 por cento novos. É considerada a primeira maior do Estado do Rio e a segunda do país, só perdendo para o Sebo Messias, de São Paulo. Está  instalada em um prédio de 600 metros quadrados na Rua José Clemente 68, onde o cliente encontra promoções, como “Chateau, o rei do Brasil”, a biografia de Assis Chateaubriand, ou a “Rua Larga”, hoje Marechal Floriano, com fotos coloridas dos prédios antigos; e “De pai para filhos”, a história dos imigrantes portugueses no Rio. São livros que custam R$90 em média que estão expostos hoje na calçada a R$ 5,00.

Apesar de toda estrutura da livraria, atualmente a metade de suas vendas é feita pela internet, cerca de 250 livros por dia.

Adroaldo Peixoto diz que com a crise as pessoas passaram a procurar mais os livros usados, principalmente os universitários (os que mais saem) com preços variando de R$ 5 a R$ 1 mil, estes os mais raros. Outras obras também muito procuradas são os livros técnicos e biografias, além de romances e best sellers.

A Romanceiro tem uma seção de CD, DVD e discos. Esta semana vendeu uma de suas raridades – o primeiro LP dos Beatles — para uma gravadora de São Paulo por R$ 1,8 mil.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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