Ele começou a vender livros em 1970, no saguão da Faculdade de História da UFF, quando também entrou para o primeiro ano da Faculdade de Direito. Lá se vão 53 anos, durante os quais Adroaldo Peixoto foi professor, editor, advogado e até deputado, sem nunca ter deixado a profissão de livreiro.
A Livraria Romanceiro tem hoje um acervo de 650 mil livros, sendo 70 por cento usados e 30 por cento novos. É considerada a primeira maior do Estado do Rio e a segunda do país, só perdendo para o Sebo Messias, de São Paulo. Está instalada em um prédio de 600 metros quadrados na Rua José Clemente 68, onde o cliente encontra promoções, como “Chateau, o rei do Brasil”, a biografia de Assis Chateaubriand, ou a “Rua Larga”, hoje Marechal Floriano, com fotos coloridas dos prédios antigos; e “De pai para filhos”, a história dos imigrantes portugueses no Rio. São livros que custam R$90 em média que estão expostos hoje na calçada a R$ 5,00.
Apesar de toda estrutura da livraria, atualmente a metade de suas vendas é feita pela internet, cerca de 250 livros por dia.
Adroaldo Peixoto diz que com a crise as pessoas passaram a procurar mais os livros usados, principalmente os universitários (os que mais saem) com preços variando de R$ 5 a R$ 1 mil, estes os mais raros. Outras obras também muito procuradas são os livros técnicos e biografias, além de romances e best sellers.
A Romanceiro tem uma seção de CD, DVD e discos. Esta semana vendeu uma de suas raridades – o primeiro LP dos Beatles — para uma gravadora de São Paulo por R$ 1,8 mil.