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Desordem urbana, uma epidemia que Niterói não consegue se livrar

Escrito por Gilson Monteiro às 16:02 do dia 2 de fevereiro de 2021
Sobre: Sem controle
  • desordem urbana
02fev

desordem urbanadesordem urbanaA desordem urbana é epidêmica em Niterói. Barracas, quiosques clandestinos e até uma kombi que se transforma em um bar ocupam ruas e calçadas do município, causando transtornos a moradores vizinhos.

Uma kombi que vende petiscos, cerveja e churrasquinho, se fixou num dos recuos da Rua Francisco Pimentel, na esquina da Praia das Flechas, ao lado da Praça César Tinoco, no Ingá. Ali próximo, a prefeitura gasta R$ 4,4 milhões com o alargamento e reurbanização da Rua Paulo Alves.

Na Praia de Icaraí, em frente à Rua Otávio Carneiro, instalaram um quiosque que está servindo de depósito. Deixam sacos e galões com lixo no calçadão, após cada madrugada.

É fato que, com a pandemia da Covid-19, muita gente perdeu emprego e renda. Quem pode, está se virando nos trinta, mas é preciso que haja alguma ordem para isto. Não é possível que a prefeitura de Niterói, com 69 órgãos com status de secretaria e mais de 3,5 mil cargos comissionados, não tenha ninguém para organizar a desordem urbana instalada na cidade.

A partir desta semana, o prefeito Grael está distribuindo benefícios sociais a cerca de 50 mil famílias e 2,8 mil pequenas empresas, com um gasto de R$ 40 milhões mensais. Ele mantém a promessa que fez na campanha eleitoral, de pagar essas bolsas até o fim da pandemia.

Niterói tem recursos suficientes para bancar a ajuda aos desvalidos. A cota generosa de royalties do petróleo que recebe mensalmente vai somar, este ano, cerca de R$ 1,2 bilhão.

Em vez de dar o peixe, o prefeito deveria dar caniço, anzol e isca, e ensinar a pescar. Ao mesmo tempo, deveria manter a urbe limpa e organizada. Só desse jeito venceremos a epidemia da barafunda urbana.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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8 thoughts on “Desordem urbana, uma epidemia que Niterói não consegue se livrar

  1. Precisa conhecer a Av Central, carros nas calçadas, na ciclo faixa, em muitos lugares somos obrigados a andar no meio da rua, a disputa entre carros, motos, ciclistas e pedestres é absurda. Aqui não há ordem urbana alguma.

  2. Matéria com cara de reclamação de algum morador. Gosto muito do senhor que ali está. A kombi deve ter sido adquirida há cerca de 1 ano mas ele sempre esteve com seu carro em frente à praça vendendo coco.
    O que não existia antes era a qtde de moradores de rua no entorno da praça que ninguém faz nada. Deveriam olhar para isso e não para ele que trabalha para seu sustento.

  3. Sobre a desordem urbana no calçadão da Praia de Icaraí cansei de alertar à prefeitura, mas sempre recebi respostas evasivas das duas secretarias municipais responsáveis conservação e segurança do local (eram duas secretarias até o ano passado, não sei se aumentaram). As respostas eram carimbadas: “Icaraí receberá obras de repaginação até o final do mês”, “vamos instalar nova iluminação em Icaraí”, etc. Acontece que a prefeitura, através da Seconser, só mandou tapar buracos no calçadão, e mudar lâmpadas em alguns postes. Nos quiosques, ninguém mexeu, nem mexerá. Simplesmente, porque alguns “quiosqueiros” são cabos- eleitorais do atual vice-prefeito de Niterói. E já é do conhecimento público que o Dr. Bagueira sempre foi a favor do “quanto pior, melhor”, desde que não invadam o seu “curral eleitoral”.

  4. E o que vai ser feito com os moradores de rua que se amontoam no Ingá ? A situação já está fugindo do controle. Famílias nas ruas, perigo para os moradores, a verdadeira desordem está aí. Antes da pandemia e da reforma da rua Paulo Alves era a pracinha do bairro que abrigava os sem teto. Tinha sempre sujeira de dejetos humanos nos canteiros que as crianças brincavam. Mas a Kombi com o senhor que trabalha dignamente é que é problema de desordem urbana ? Concordo que temos que regularizar mas em meio a tantas situações mais degradantes estão errando o alvo, escolhendo batalhas que só fomentam desigualdade pois vão estorquir e acharcar. E mendigo embora denote insegurança para o bairro não tem como ser estorquido, né. Esta é uma ação que não é uma questão social justa. Alguém sem muito o que fazer não está olhando para os que precisam gerar mais renda sem depender exckusivamente do governo. Lamentável pensamento para com estes que estão tentando se manter estáveis na pandemia. Lamentável que não tenhamos um olhar mais condecendente com a situação que estamos inseridos.

  5. E dai se ele trabalha com dignidade, ele ta legalizado ali no ponto? Se todo mundo puder fazer qq coisa por pena a gt ta ferrado

  6. Sr. Se informar é mais importante do que desinformar. Apure. O idoso que trabalha na Kombi mais ajuda que atrapalha. Os que vivem a margem da sociedade defecam nesta referida rua a luz do dia. Os mercados e bancos se tornaram moradia. E o Sr quer que a prefeitura sustente uma pessoa que apesar da idade tenta ter uma vida digna. Parabéns o provérbio citado foi mal aplicado. Vamos ajudar quem tenta subsistir.

  7. Realmente falta fiscalização em NIterói e mesmo quando se faz reclamações ninguém faz nada. As pessoas fzem o que querem, constroem biroscas e mercadinhos ocupando calçadas e até mesmo o asfalto , e nada é feito. É muita desordem , tem de tudo, fora os carros de som vendendo de tudo com som em alto volume, é insuportável. A cidade está cheia de lavajatos clandestinos ocupando as ruas. Perto do futuro Mercado Municipal , as ruas nas proximidades por onde os futuros frequentadores vão passar é uma bagunça total. Tem de tudo, até mercadinho no asfalto, bares ocupando espaço do asfalto. A porta da Emop por onde os funcionários entram é praticamente dentro de um bar onde o poste está dentro do estabelecimento. A prefeitura nem se preocupa que os investidores passam no local e isso pode atrapalhar o empreendimento. IPTU nas alturas, mas fiscalização e ordenamento tá difícil.

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