A anunciada transferência de cinco cirurgiões infantis, com mais de 30 anos de atividade, do Hospital Getulinho para o Orêncio de Freitas, motivou a convocação de uma reunião urgente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), marcada para quinta-feira (31/03), as 10h. O secretário de Saúde de Niterói, Rodrigo Oliveira, e a diretora do Getulinho, Elaine Machado Lopes, foram convocados para dar explicações ao conselho de classe amanhã.
Por sua vez, a diretora do Orêncio de Freiras, doutora Célia Maria, já respondeu que é impraticável um hospital adaptado para atender adultos vir a receber crianças. Os pacientes pediátricos necessitam de cama e instrumentos adequados para cirurgias infantis, além de acompanhamento de pediatra no pós-operatório.
O estranho dessa movimentação que a Secretaria de Saúde está fazendo com os cirurgiões pediátricos é para atender a Organização Social Ideias, que estaria dispensando o trabalho de profissionais com larga experiência para contratar outros. Tanto o secretário de Saúde como a diretora do Getulinho são oriundos dos quadros da Ideias, organização sem fins lucrativos, mas que recebe milhões cerca de R$ 60 milhões por ano da Prefeitura de Niterói.
Os cirurgiões concursados que trabalham no Getulinho estão sendo trocados por profissionais contratados com salários três vezes pela Ideias. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Niterói não explica por que está aceitando a troca de sua equipe médica experiente por novos profissionais contratados pela Ideias. Segundo o contrato da Ideias com a FMS, a gestora somente poderia contratar serviços de terceiros para atividades meramente acessórias. Os médicos estatutários estão cedidos à Ideias e, inclusive, a FMS abate o salário desses profissionais do que paga à organização social.
Outro fato grave é que o Orêncio de Freitas, que realiza cerca de 200 cirurgias por mês, não recebe desde novembro a ninharia de R$ 19 mil para atender suas despesas essenciais de manutenção. A Saúde de Niterói está um caos, com as farmácias dos postos de saúde vazias sem medicamentos essenciais nas dispensas, sem que nenhuma providência seja tomada pela prefeitura para evitar o sofrimento e a morte das pessoas.
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