Um grupo de médicos cooperados da Unimed-Rio voltou a convocar, hoje, uma assembleia extraordinária para o dia 28 de julho, a fim de deliberar sobre a destituição do Conselho de Administração e dos Conselhos Técnicos. A primeira convocação feita no mês passado foi suspensa por decisão do desembargador Fernando Chagas, da 11ª Câmara Cível do Rio de Janeiro, acatando liminar requerida pela atual diretoria da Unimed-Rio, que alegou ter sido a convocação feita em desacordo com os estatutos.
Assembleia decide controle da Unimed-Rio
Segurados da Unimed-Rio encontram, a cada dia, mais portas de consultórios, clínicas e hospitais fechadas para eles. No Rio, a Casa de Saúde São José decidiu que a partir de 3 de agosto deixará de atender segurados da cooperativa. A situação se repete em Niterói, onde a congênere Unimed Leste Fluminense tem que atender pelo sistema de intercâmbio os pacientes filiados à cooperativa carioca com planos de cobertura nacional, mas os médicos locais têm-se recusado a fazê-lo reclamando atraso no recebimento de seus honorários.
Recebendo com mais de três meses após o faturamento da produção, os médicos que atendem pelo intercâmbio também estão sujeitos, da mesma forma que os colegas do Rio de Janeiro, a ter o pagamento retido para cobrir o “Programa de Saneamento da Unimed Rio”, apresentado pela cooperativa carioca no dia 7 deste mês à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para garantir sua recuperação econômico-financeira pelos próximos 36 meses.
A Unimed-Rio diz que adota desde o ano passado (quando também houve um período de recusa de pacientes pelos profissionais cooperados), medidas para melhorar seus indicadores. Segundo ela, em 2015, seu resultado operacional foi de R$ 353 milhões, o faturamento de R$ 5 bilhões e o índice de sinistralidade de 79,4%, abaixo do patamar de 80% considerado como padrão pelo mercado.
Esses números, no entanto, são contestados pelo grupo de oposição, que alega ainda falta de transparência com ações administrativas importantes, como a compra da Golden Cross, que não teria sido submetida à assembleia, e divergência na prestação de conta.
Caso a assembleia ocorra e fique decidida a mudança da atual gestão, serão convocadas eleições para o Conselho de Administração e Conselhos Técnicos em 30 dias da Unimed-Rio, que reúne 5.473 médicos e 403 hospitais, clínicas e laboratórios.
A cada dia a Unimed Rio descredencia mais medicos e hospitais.
Comprei um pacote de medicos e hospitais e agora cortaram varias opções. Será que isto é permitido por leu? Vc compra um serviço e no meio do contrato eles mudam as regras?
Com a palavra a ANS.