Cornélio Melo estava lá, lembrou de alguns fatos curiosos e foi convidado pelo SRC para um papo, em breve, exatamente sobre este tema: o rock e suas bandas nos anos 1960. Além de engenheiro e arquiteto, Cornélio é pesquisador de música, guitarrista, cantor e compositor, lá nos 60 tocou nas bandas “Os Trogloditas” e “Melody Spatial” e tem muita história para contar. Em detalhes. Seria ótimo se representantes de bandas da época fossem lá para enriquecer o encontro.
Em 2004, foi lançado o melhor livro documento sobre essa rica fase da cultura da cidade. “Liverpool Cantareira” (Rota de Rock) – O Movimento musical dos anos 60 em Niterói. Psicodelia, Beat, Jovem Guarda e muito mais!”. Foi editado pela Niterói Livros, editora da FAN, esgotou, virou preciosidade mas consegui localizar alguns usados na Estante Virtual (https://bit.ly/2YAMZ74), e também no Mercado Livre.
O livro foi uma odisseia do Marquinhos Heizer (filho do também saudoso e giga jornalista Teixeira Heizer) que levou anos e mais anos entrevistando músicos, pesquisando buscando fotos, áudios, raridades, capas de discos ensaios. O livro mostra que Niterói sempre foi e ainda é uma cidade diferenciada, principalmente antes da fusão do antigo Estado do Rio com a Guanabara que descaracterizou muita coisa.
O rock de Niterói continua aceso, rico, e os novos artistas são destaques na programação da nossa RÁDIO AONDA (www.radioaonda.com.br) , mas é incomparável com as dezenas de bandas que havia nos 60. Marcus Haizer enumerou algumas no livro, que reproduzo no final. Bandas que só tocavam versões de músicas dos Beatles, Stones, Byrds, etc.
Usando equipamento nacional de péssima qualidade naqueles tempos (choque na boca, ruídos, princípio de incêndio em palco eram rotina) as bandas tocavam em toda cidade, um circuito que envolvia clubes: Regatas, Central, Canto do Rio, Pioneiros, Marajoara. As bandas faziam maratonas, muitas vezes tocando de 10 da noite até 3 da manhã, sempre aos sábados.
Por isso, Roberto Carlos, Erasmo, Wanderleia e toda a Jovem Guarda fizeram um show enorme no Regatas e alguns adolescentes fãs arranjaram um jeito de espionar o improvisado camarim no ônibus dos artistas. “Eu vi Rosemary nuinha!”, Eu vi Martinha!”, “Eu vi a Lilian do Leno”, gritavam histéricos do lado de fora do ônibus, estacionado em frente ao clube até serem devidamente espanados do local pela polícia.
“Liverpool Cantareira” (Rota de Rock) – O Movimento musical dos anos 60 em Niterói. Psicodelia, Beat, Jovem Guarda e muito mais!”, tem 104 páginas, 200 fotos e traz uma relação de bandas:
Os Anekins, As Feiticeiras, Dry Sticks, Melody Spatial, Musishow, Os Abstratos, Os Adolescentes, Os Anjos, Os Corsários, Os Corujas, Os Eletras, os Lobos, Os Mesmos, Os Quem, Os Trapaceiros, Os Trogloditas, Oxford, Quarteto Nova Era, The Bats, The Hipsters, The Leaders, The Shadows, The Streggas, Zoom 2000, Histórias que vem à memória.
@ Inaugurada: https://bit.ly/2OLrDzy
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