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Como fica Brasília com a delação de Delcídio

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(Vinícius Martins, especial para a Coluna)

A notícia da homologação pelo Supremo Tribunal Federal da delação premiada do ainda senador Delcídio do Amaral (licenciado do PT) joga por terra qualquer tentativa, por mais improvável que seja, de um grande acordo político em busca de paz em Brasília.Quem seria? Quem hoje em Brasília teria condições para exercer esse papel? Há clima para isso? Alguém ousa propor? Sobrou alguém para tal?

A Lula cabe cuidar do próprio pescoço, que agora está nas mãos do juiz curitibano Sérgio Moro. Seu melhor caminho é o ministério das Relações Exteriores e sair por aí viajando em busca de prestígio internacional para acalmar os ânimos dentro de casa. Afinal, “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil” já dizia a frase entreguista do século passado.

FHC parece não ter condições de liderar uma frente multipartidária capaz de tamanho desafio. Não demonstra mais gosto para esse tipo de diálogo e nem o seu “Diários do Poder” deixou margem para que seja, ainda, um interlocutor de sucesso.Sobra Sarney. Mas lhe falta saúde e liderança interna.Temer parece que será abatido em pleno voo pela delação de Delcídio e há, ainda, o risco de ser atingido indiretamente pela cada vez mais provável delação da mulher do marqueteiro-mor, João Santana, a Mônica Moura. Caso ela comprove o caixa 2 e o dinheiro da corrupção da Petrobrás para irrigar a reeleição da chapa Dilma/Temer, esta será cassada pelo TSE.

A Aécio falta a habilidade do avô e sobram suspeitas sobre o seu passado.Renan e Cunha são, a cada dia, fantasmas a arrastar correntes nos palácios das duas casas legislativas e o silêncio de Serra é ensurdecedor.Lapidar na política é a certeza de que nela não há espaço vazio. O vácuo é obrigatoriamente preenchido e a história está cheia de oportunistas dessas ocasiões. Dilma é hoje o vácuo que os políticos deixaram se instalar. Quem irá sucedê-la?

Como diz o clássico de Drummond: E agora, José? A festa acabou…

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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