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Com uma câmera no ombro ele registrou a história do antigo RJ

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Maurício Guimarães deixa um acervo com boa parte da história política e administrativa fluminense

Com uma filmadora rolleiflex pesada  nos ombros, no tempo que precisava dar corda na máquina, o cinegrafista Maurício Guimarães testemunhou a história do antigo Estado do Rio de Janeiro, desde a década de 60. Ele nos deixou nesta quarta-feira (1° de maio), aos 90 anos. Foi sepultado no Cemitério de Charitas, em Niterói.

Mauricio era da equipe do famoso estúdio Herbert Richers quando foi escalado para cobrir,  em 1959,  a revolta das Barcas. O serviço hidroviário era explorado pela concessionária Carreteiro quando a população enfurecida reagiu com um quebra-quebra na Estação Arariboia. Os passageiros reclamavam do atraso das barcas Rio-Niterói, do preço das passagens e da má conservação das embarcações.

A reportagem dele fez tanto sucesso no Canal 100, jornal que passava nos cinemas, que o governador Roberto Silveira pediu ao diretor Herbert Richers para liberar Maurício para servir ao Governo fluminense.

Assim o cinegrafista atravessou a baía de Guanabara para trabalhar na Agencia Fluminense de Informações, órgão do Governo estadual. Ele acompanhou de perto e documentou com seu talento e profissionalismo os acontecimentos ocorridos até a fusão com a Guanabara.

Deixa um importante acervo com uma infinidade de rolos de filmes históricos, porque continuou na ex-capital em plena atividade, documentando as realizações municipais desde a administração do prefeito Jorge Roberto Silveira.

Figura simpática e prestativa também sentia prazer em estar presente com sua máquina para registrar os eventos dos amigos. Maurício Guimarães deixa relevante trabalho jornalístico que retrata por décadas a história da vida fluminense e de Niterói, tendo seu nome lembrado para sempre. Deixa os filhos Ricardo, Alexandre e Marcos e era casado com a psicóloga e professora de inglês Sandra Fonseca.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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