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Com tarifas pela hora da morte até cemitério cobra estacionamento em Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 15:49 do dia 21 de junho de 2024
Sobre: Sem choro nem vela
  • Cemitério Parque da Colina cobra pelo estacionamento, Niterói
21jun
Ao entrar no Parque da Colina, o motorista deve retirar um ticket para pagar pelo estacionamento na saída

Com a tarifa dos estacionamentos de Niterói pela hora da morte, agora até o Parque da Colina passou a cobrar dos motoristas que vão de carro àquele cemitério. Velar ali um ente querido pode custar até R$ 25 para quem pretender parar o veículo numa das aleias da necrópole.

A exploração do estacionamento foi entregue pelo Parque da Colina à Autopark. O sistema de cobrança é automatizado. O negócio causou estranheza e reclamação de usuários, já que, além de pagar R$ 35 mil por um jazigo bem localizado, mais uma taxa de manutenção anual de R$ 416,00, agora os parentes do falecido terão que desembolsar R$14,00 pelos primeiros 60 minutos, mais um adicional de R$ 7,00 pela hora excedente, até um total de R$ 25,00 pelo período de 12h.

Para quem vai de carro ao cemitério não há alternativa, já que o acesso é por uma avenida bastante movimentada e com estacionamento proibido. Por outro lado, se houvesse possibilidade de haver vagas na Estrada Francisco da Cruz Nunes, certamente ali já estariam os flanelinhas da Niterói Rotativo.

Desde fevereiro, em pleno carnaval, o prefeito de Niterói, Axel Grael, reajustou em 25% a tarifa das vagas de estacionamento rotativo nas ruas da cidade. Assim, parar o carro na terra de Arariboia é muito mais caro do que nas ruas da capital, Rio de Janeiro. Aqui o motorista paga R$ 5,00 por duas horas, mais do que o dobro pago pelo mesmo período nas vagas cariocas (R$ 2,00).

Ao estacionar em shoppings, hospitais e centros comerciais de Niterói o motorista se sujeita a tarifas que são verdadeira exploração. As maiores reclamações são contra o Plaza, onde quem vai ao shopping consumir na Praça da Alimentação, assistir um filme ou fazer compras, acaba pagando mais pelo estacionamento do que quanto gastou no ingresso do cinema ou no lanche.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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4 thoughts on “Com tarifas pela hora da morte até cemitério cobra estacionamento em Niterói

  1. Mais absurda do que a cobrança de estacionamento para permanência no cemitério (sendo que não há onde estacionar no seu entorno ou vizinhanças) é o fato de que não se consegue deste Cemitério Parque da Colina a comprovação de que não está poluindo o lençol freático e o sistema hidrológico da região com o necrochorume dos cadáveres lá sepultados. Por mais que se peça, eles não apresentam a Licença Ambiental que comprove a conformidade com o Artigo 5º. da Resolução CONAMA 335/2003 e posteriores, que trata da proteção de corpos d’água superficiais ou subterrâneos possivelmente atingidos por necrochorume de cemitérios, proteção esta que pode ser natural (distância do NA) ou por meio de estruturas adequadas para a captação e encaminhamento deste resíduo extremamente tóxico e insalubre. Segundo informações cuja fonte não queremos expor, os jazigos estão quebrados pelas raízes das arvoretas plantadas para ornamentação, e o chorume está vazando livremente para o solo.
    Já procuramos o cemitério e a SMARHS. É um ‘empurra-empurra” sem fim, um joga a responsabilidade para o outro ou para o INEA (que não se pronuncia) e não se consegue nada. Desde 2007 já houve denuncia sobre esta situação perigosíssima, sem se chegar a nada. Como moradores da várzea de inundação do córrego que passa a 200 m dos muros do cemitério, e que constantemente invade o quintal de nossa residência, temos buscado a resposta a essa questão incessantemente, sem chegar a lugar nenhum. Este córrego está imundo de esgoto bruto e deságua em um lago que se tornou algo como uma lagoa de sedimentação de uma ETE, mas nem adianta acionarmos a SECONSER para a limpeza desse sistema hidrológico se não estivermos certos de que este sistema não está completamente contaminado pelo necrochorume do cemitério.
    Parece que o Cemitério Parque da Colina deseja mais “clientes” e se esmera em produzi-los, expondo toda a comunidade no entorno, e além – já que o córrego forma o Rio Pendotiba, que se estende até o fundo da Baía – todos os tipos de doenças através da água de seu subsolo.
    Detalhe: o Cemitério Parque da Colina situa-se exatamente defronte de um Posto do Sistema Médico de Família, da Prefeitura de Niterói, sistema este que, supostamente, deveria estar atento aos fatores de risco à saúde pública.

  2. Realmente a cada dia que passa demonstramos ser um País inviável de ter um padrão digno de vida.
    Essa aberração da cobrança de estacionamento no cemitério é uma coisa absurda e abusiva pois que, até onde sei, ninguém vai estacionar em um cemitério para “fazer hora” !
    Imbecilidade total dessa empresa, total falta de coerência.
    Caberia algum questionamento de algum órgão de defesa do consumidor ?
    A impressão que tenho é de que essa gestora do cemitério deve estar pela hora da morte por implantar tal ofensiva cobrança.

  3. Estacionamento do Plaza é uma aberração. Passei um dia no Barra Shopping e o valor do estacionamento foi a metade do que pagaria para assistir um filme no Plaza.

    Mesmo morando na Região Oceanica, um Uber ida e volta sai mais em conta.

  4. Aos poucos o brasileiro está descobrindo que o país é inviável, tudo é caro, de má qualidade e com custo crescente. Em particular, Niterói é uma cidade que está ilustrando perfeitamente a lei da semeadura, todos estamos colhendo os frutos das nossas escolhas políticas desde o SatanAxel até o Presidente Cocôzão. Se você tem dinheiro, mude-se pro único bairro onde a prefeitura não tem poder, Itacoatiara, do contrário, conviva com toda sorte de incivilidade moderna.

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