Incrível que um município do porte de Niterói, que projeta a compra de 40 ônibus elétricos por cerca de R$ 80 milhões, para “empréstimo” a empresas particulares de transporte público, conte com uma rede de saúde tão roda presa. São recorrentes as queixas de pacientes à espera de tratamento, sentados em cadeiras ou com cirurgias adiadas, principalmente no Carlos Tortelly.
O prefeito Axel Grael anuncia que vai comprar a frota de ônibus elétricos a serem entregues por comodato aos consórcios Transnit e Transoceânico, preocupado com o marketing eleitoral. Diz que os veículos com zero emissão de gases vão despoluir o ar em Niterói.
Só que Grael está deixando pessoas morrerem nos hospitais municipais por falta de assistência médica. Pacientes com câncer e os que necessitam de hemodiálise estão ameaçados de terem o tratamento suspensos, porque o secretário de Saúde, Rodrigo de Oliveira, não repassa há meses o dinheiro recebido do Ministério da Saúde para as clínicas de radioterapia e de hemodiálise.
Os 80 pacientes com câncer atendidos pela Clínica de Radioterapia Ingá estão preocupados que seu tratamento seja interrompido porque a Prefeitura de Niterói não paga, desde julho, a verba repassada pelo SUS.
A situação das clínicas de hemodiálise é pior, porque não recebem a fatura desde abril, apesar de o Ministério da Saúde ter creditado ontem o dinheiro do mês de agosto.
O hospital Carlos Tortelly, no Bairro de Fátima, é um dos que se encontram em pior situação. Enfrenta como outros da rede municipal de saúde, a falta de medicamentos, leitos e equipamentos. Sobra apenas a dedicação de funcionários e médicos, que sofrem ao ver o descaso das autoridades. Há sete anos, para inaugurar o que dizia ser a reforma da emergência do Carlos Tortelly, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) conseguiu emprestados da Sociedade Beneficência Portuguesa de Niterói 15 camas de CTI com colchão; 12 mesas inox de refeição; três suportes inox de soro; três biombos e até mesmo seis lixeiras plásticas que não devolveu até hoje.
Em outubro de 2020, dias antes de eleger Grael como sucessor, o ex-prefeito Rodrigo Neves inaugurou um centro de diagnóstico por imagem no Carlos Tortelly. Mas apesar dos novos aparelhos de radiologia digital, tomografia computadorizada, endoscopia, ecocardiografia e ultrassonografia, o hospital não pôde operar dona Laudelina agora. A senhora precisou esperar por uma ordem do Juizado Especial Fazendário para ser transferida para o Orêncio de Freitas, onde morreu com septicemia dias depois.
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