Confirmado em março deste ano como patrimônio público e cultural de São Gonçalo por decisão do Tribunal de Justiça, que reconheceu a constitucionalidade do projeto de lei 704/2017, aprovado pela Câmara Municipal, no ano em que o clube, fundado em 1917, comemorou seu centenário, o Tamoio já teve seu tempo de glamour quando abria seu salão para as mais requisitadas festas da sociedade fluminense. Também sediou disputado concurso de fantasias, abrindo o carnaval carioca.
Capitão Nelson, prefeito de São Gonçalo, pela história dessa agremiação e por tudo que ela representa para o povo da cidade, deveria encontrar uma solução para não deixar morrer esse patrimônio de glória e tradição.
O Tamoio conta com mais de 20 mil associados. Jorair Ferreira, presidente do clube, diz que a diretoria vai recorrer da decisão judicial, questionando por que o terreno e todas as suas benfeitorias foram arrematados apenas por R$ 2 milhões. O imóvel, afora o valor cultural do clube, valeria bem mais.
Depois de ser palco de concursos de fantasias de luxo e originalidade disputados por Clovis Bornay, Wilza Carla e Evandro Castro Lima, entre outros, o Tamoio passou as últimas décadas longe dos holofotes. Além de participar da abertura oficial do carnaval carioca, nos anos 60, 70 e 80, o clube disputou campeonatos fluminenses de futebol. O time gonçalense viveu dia de glória quando empatou por 3×3 com o Flamengo, em 1949. Apesar de, no ano seguinte, ter levado uma goleada de 9 x 0 do time rubro-negro, o feito anterior nunca foi esquecido.
Há cerca de 50 anos, o Tamoio construiu moderno parque aquático, até hoje bastante frequentado pelos associados. Nos últimos anos, virou palco de shows de música popular, lotando seu ginásio. Em 2017, quando completava cem anos, a Câmara Municipal aprovou o tombamento do clube. A Lei teve sua constitucionalidade questionada pela Procuradoria Geral do Estado. O órgão queria revogar a decisão. Argumentava que o tombamento somente poderia ser feito por lei de iniciativa da prefeitura. A lei foi sancionada pelo então prefeito de São Gonçalo, José Luiz Nanci, no dia 3 de agosto de 2017. Em março último foi confirmado como patrimônio público e cultural de São Gonçalo pelos desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio.
Alberto Goldstein, presidente do Mauá, lamentou o ocorrido com o tradicional e centenário clube coirmão. É a seguinte, a manifestação do dirigente:
“O Clube Esportivo Mauá e de toda a sua diretoria vem externar o grande lamento e pesar em face dos acontecimentos recentes, no qual foi decidida pela Justiça do Trabalho a Imissão de Posse, em favor do arrematante, da área onde por mais de 100 anos, nós gonçalenses, vivemos com a presença efetiva do Tamoio Futebol Clube, palco de grandes eventos da nossa sociedade. Aos diretores do nosso co-irmão enviamos nossos pesares e a nossa solidariedade.
Alberto Goldstein, presidente do Clube Mauá.”
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