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Candidatos a reitor deixam Huap de lado

Escrito por Gilson Monteiro às 10:54 do dia 29 de março de 2018
Sobre: Emergência fechada
29mar

Os candidatos das três chapas que concorrem às eleições para a reitoria da Universidade Federal Fluminense debateram com professores, funcionários e alunos, no auditório do Antonio Pedro, seus programas de gestão para o quadriênio 2018 e 2022. Nos 16, 17 e 18 de abril a comunidade acadêmica vai escolher o novo reitor da UFF.

O assunto mais importante para a população de Niterói, que é a reabertura da emergência do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), fechada há mais de três anos, não faz parte do programa de nenhum dos três postulantes ao cargo de reitor.

Provocados pela coluna, após o debate o candidato Antônio Cláudio, da chapa 1, apoiado pelo atual reitor Sidney Mello, disse que pretende dar continuidade ao modelo atual, de a emergência atender apenas casos de alta complexidade, mas fazendo apenas alguns ajustes.

O da chapa 2, Roberto Sales, que já foi reitor, disse que vai rever o contrato com a Ebser, para repor a mão de obra qualificada e poder abrir todos os leitos, inclusive a emergência, porque do jeito que ela está não pode continuar.  O da chapa 3, Sergio Mendonca, disse que o espaço físico destinado à emergência referenciada foi sendo utilizado para abrigar pacientes de outras situações. É preciso criar uma nova relação com as prefeituras da Região Metropolitana, acrescentou.

O cirurgião Guilherme Eurico, conselheiro do Cremerj, com uma vida inteira dedicada à medicina e à UFF, disse que a Universidade tem que abrir a emergência do Antonio Pedro para a população. A região dispõe hoje do Hospital Estadual Alberto Torres, instalado em lugar estratégico, na beira da Rodovia Amaral Peixoto, em São Gonçalo, e que é referência em trauma.

Tem também o estadual Azevedo Lima, que na opinião de Guilherme Eurico recebe bem a urgência, atua nas lesões tipo 2, doentes que são preparados para cirurgias ou que precisem de um tratamento agudo, como o pneumotórax.

— O HUAP tem que tratar a emergência, que é o doente que está com uma hemorragia e precisa ser estancada, está sufocado com uma obstrução na glote ou com um corpo estranho na traqueia, tendo uma parada cardíaca, casos que precisam ser abordados imediatamente por um médico. A emergência tem que ser aberta para que o doente encontre um lugar na cidade onde tenha grande chance de ser salvo – afirma o conselheiro do Cremerj.

Para isso, Guilherme Eurico lembra que o Antonio Pedro, além de estar preparado para fazer funcionar o pronto socorro, também faça uma campanha de esclarecimento para a população, a fim de evitar que levem doentes com gripe ou com uma convulsão que pode ser tratada clinicamente, em unidades básicas de saúde.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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One thought on “Candidatos a reitor deixam Huap de lado

  1. A UFF hoje tem mais preocupação com politica partidária socialista, do que mesmo com a Política Educacional, que possa engrandecer a Universidade.

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