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Bandidagem aterroriza Niterói

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A imagem que todo mundo viu da subida da Ponte Presidente Costa e Silva após uma intensa troca de tiros entre PMs e bandidos – em que, desta vez, a polícia saiu em vantagem matando seis criminosos — é  o retrato da realidade que esta Coluna vem há anos denunciando, sem que as autoridades tomem qualquer providência para evitar a invasão da bandidagem carioca a Niterói e São Gonçalo.

Lembro que os bandidos começaram timidamente atravessando a Baía de Guanabara em barquinhos, desembarcando carregados de armas em Charitas, para se abrigar no Morro do Preventório e na Grota do Surucucu.

Em São Gonçalo atracavam na Praia das Pedrinhas, também fortemente armados, e se espalhavam pelas comunidades vizinhas que formam o Complexo do Salgueiro.

Depois, ao ver que as porteiras das duas cidades estavam escancaradas, passaram a vir por terra mesmo, escolhendo a Ponte para fazer a travessia, encontrando sempre a pista livre para se transferirem com armas e bagagens para o lado de cá da poça, como muita gente trata os dois municípios.

Quanto mais o cerco se apertava no Rio, como por ocasião da Copa do Mundo e das Olimpíadas ou de qualquer outro evento importante, criminosos se instalavam aqui aos bandos, de onde não pretendem sair tão cedo.

A não ser que as forças de intervenção na Segurança Públical, que até hoje não mostraram para que vieram ao Rio de Janeiro, pelo menos em Niterói, faça jus aos milhões que consome dos cofres do Governo Federal.

A cidade pede socorro, pois não aguenta mais tanta violência.

Segurança se faz com inteligência, planejamento, estratégia, polícia preparada, bem aparelhada, para combater essa tropa de bandidos fortemente armados e colocados em pontos estratégicos, aterrorizando seus vizinhos de morro e causando estragos e pânico à população.

Não vai ser com campanhas de marketing ou gratificando policiais, que se vai combater esse contingente de bandidos que em Niterói e São Gonçalo encontrou a terra arrasada e já se sentem donos do pedaço.

Do contrário, vamos continuar assistindo muitas mortes, tanto de um lado como do outro.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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