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Artista niteroiense chama atenção com escultura para mudanças climáticas

Escrito por Gilson Monteiro às 17:31 do dia 15 de agosto de 2023
Sobre: Cinestipinus Ferox
  • Bruno Rezende Silva, Bromélio - Niterói
15ago
Bromélio representa com sua obra um imaginário animal do Antropoceno, gerado pelas alterações no clima e na biodiversidade do planeta

“Cinestipinus Ferox” é o título da escultura que está chamando a atenção na exposição coletiva Estar Presente, na Galeria Eixo Reserva, em Niterói. Nascida da criatividade do artista visual e biólogo Bruno Rezende Silva, o Bromélio, o transporte do Antropozoa (animal do Antropoceno, que está à venda, foi cercado de cuidados e de cinco mil litros de isopor, em uma caixa de madeira especialmente preparada para ele.

A escultura feita com palitos de bambu e cola de madeira, se relaciona com questões contemporâneas das mudanças climáticas, como se estivesse se movimentando contra uma intensa tempestade.

O eclético Bruno, de nome artístico Bromélio, é morador de Niterói e ainda encontra tempo para surfar em Itacoatiara. Tem um excelente currículo, com estudos no Burnt Hills High School, em Nova York, e no Colégio Santo Agostinho, no Rio. Fez graduação em ciências biológicas, além de mestrado no Museu Nacional e doutorado na Coope, todos na UFRJ.

A exposição vai até o dia 3 de setembro, das 15h às 19h na Galeria Eixo Reserva, que fica na Avenida Visconde do Rio Branco, 880, em São Domingos, Niterói. Entrada franca.

Devido às alterações que os humanos estão gerando no clima e na biodiversidade do planeta, alguns especialistas consideram que a humanidade entrou no antropoceno, uma nova época geológica que se seguiria ao holoceno, o período com temperaturas mais quentes após a última glaciação. 

O conceito “antropoceno” — do grego anthropos, que significa humano, e kainos, que significa novo — foi popularizado em 2000 pelo químico holandês Paul Crutzen, vencedor do Prêmio Nobel de química em 1995, para designar uma nova época geológica caracterizada pelo impacto do homem na Terra.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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