A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nomeou um diretor fiscal para acompanhar de perto o andamento da recuperação da Unimed Leste Fluminense. A cooperativa médica enfrenta dívidas devido à crise nacional do desemprego que vem atingindo também os planos de saúde. Os cooperados, médicos e empresas de saúde, estão contribuindo cooperativa médica com dez por cento de seu faturamento mensal para sanear as finanças da empresa.
O presidente Benito Petraglia considerou essa atitude normal, o que tem sido feito em outras cooperativas. O que a ANS quer saber é se os recursos recebidos dos cooperados estão sendo bem aplicados e se estão saneando de fato a cooperativa.
Em portaria publicada segunda-feira (29/10) no Diário Oficial da União, a ANS nomeou o funcionário Jobson de Castro como diretor fiscal na Unimed Leste. Ele já exerceu a mesma função em outras operadoras de saúde no país.
A Unimed Leste foi uma das mais atingidas pela crise financeira do país por estar localizada em uma região fortemente afetada pelo desemprego, como em Itaboraí, com a paralisação das obras do Comperj; e em Niterói, com o desligamento em massa de operários da indústria naval instalada na Ponta d’Areia e na Ilha da Conceição, além de outros segmentos da indústria e do comércio também de São Gonçalo.
Petraglia diz que a cooperativa perdeu cerca de 20 por cento de beneficiários. “Esperamos sair o mais rapidamente possível dessa crise para podermos continuar prestando um bom serviço”, afirma o presidente da Unimed Leste Fluminense, cooperativa que investiu na construção de um hospital próprio na Região Oceânica, hoje funcionando provisoriamente como um centro de imagem.
A pergunta que faço é : Ter emprego com algum recebimento ou passar a ter direitos e não receber nada ? Eis a questão ?
Esta mensagem é para conscientizar a sociedade e denunciar o descaso com os funcionários por parte da empresa e do sindicato.Desde alguns anos que os funcionários recebem correção de salário abaixo da inflação, forçados a aceitar por um sindicato sujo, que deixava bem claro em seus discursos nas assembléias que era a favor da empresa. As votações não eram secretas, expondo o funcionário que votasse contra.Este ano de 2018 foi pior. Os funcionários tiveram na assembléia proposta de aumento ridículo de meio por cento, e cortes de benefícios, entre eles o corte do plano de saúde, o que fica mais ridículo ainda, por ser uma empresa de plano de saúde. Maliciosamente a empresa marcou a assembléia dias antes do prazo, já prevendo que não iríamos aceitar oferta absurda. Após rejeição quase unânime, a empresa não quis fazer outra proposta. Partiu para o corte dos benefícios, alegando que o prazo das decisões do ano de 2017 já caducaram. O motivo alegado para tanta maldade com o funcionário foi, além da crise do país, baixa nas vendas de planos. Mas a agência reguladora autorizou aumento dos planos, bem acima do ridículo meio porcento dado aos funcionários. Lembrando de números, ano passado o reajuste autorizado foi de 13%, e esse ano foi de 10%.A empresa também retaliou os funcionários, executando demissões sem motivo aparente, logo depois da assembléia onde sua proposta foi rejeitada.A sociedade merece saber o que acontece aqui dentro, e como os funcionários são tratados pela empresa e pelo sindicato.