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Aníbal Bragança deixa uma história encadernada na cultura de Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 15:44 do dia 7 de fevereiro de 2022
Sobre: Posfácio
  • Aníbal Bragança
07fev
Aníbal Bragança
Aníbal Bragança amava Niterói e todos os seus movimentos culturais

Os livros eram sua razão de viver. Dizia ter uma relação visceral com o livro, desde quando chegou a Niterói, aos 7 anos, vindo do Douro, Portugal. Aos 21 anos, Aníbal Bragança tornou-se um dos mais jovens livreiros do país. Aos 77 partiu para a eternidade, na última sexta-feira (04/02), deixando um legado de mais de seis décadas de talento, cultura, cordialidade e empreendedorismo.

Desde os tempos da escola primária, em Niterói, Aníbal Bragança já reconhecia a importância dos livros para o desenvolvimento intelectual. Depois, estudando no Liceu Nilo Peçanha, referência na época, bastava-lhe atravessar a rua para frequentar a Biblioteca Pública do Estado.

Seu primeiro emprego foi num banco, mas ficou pouco tempo. Resolveu estudar economia na UFF e logo verificou que Niterói tinha poucas livrarias para muitos alunos. Fez as contas e, na ponta do lápis, viu que dava para realizar seu sonho. Com apenas 21 anos, abriu a Encontro, livraria que depois ficou conhecida como Diálogo e, mais tarde, Pasárgada.

Era comum alunas da UFF irem à nova livraria folhear as publicações apenas para conhecer a fama de galã do jovem português. Boa pinta, olhos claros, simpático, preocupado com o movimento literário Aníbal nem percebia as paqueras por trás das pilhas de livros.

Era formado em História pela UFF e foi professor do Instituto de Arte e Comunicação Social, com mestrado e doutorado em Ciência da Comunicação pela Universidade de São Paulo.

Aníbal Bragança foi secretário de Cultura de Niterói e diretor da Editora da UFF. Autor de vários livros, participava e incentivava todos os movimentos literários da cidade.

A sua relevante história em favor da cultura ficará marcada num livro especial encadernado no coração de todos que conheceram a sua luta em favor de educação e dos movimentos culturais de Niterói.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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7 thoughts on “Aníbal Bragança deixa uma história encadernada na cultura de Niterói

  1. Seu sorriso , sua acolhida na casa do Badu ,sua cultura farta e destituída de pedantismo ,sua apreciação do belo tornavam sua convívio agradável e revificante. Um inesquecível amigo cuja presença ausente será permanente .Que Deus o acolha em seu aconchego.

  2. Anos 80, grandes debates na Pasargada!! Um legado de conhecimento inteligência e pessoas fantástico. Aníbal Bragança é uma pessoa inesquecível. Ele trouxe a cultura a um nível master para Niterói. Muitas saudades daqueles tempos. Quem viveu, sabe do quê estou falando! Eu só tenho a agradecer por tê-lo conhecido.

    1. Parabéns à cidade de Niterói por ter recebido em seu seio uma fantástica figura um expoente do nível de Anibal Bragança. Estudioso e excepcionalmente culto, Bragança deixou este grande legado homenageando assim a cidade que o acolheu. Grande cidadão Niteroiense grande Bragança.

    2. Trabalhei com Anibal Bragança no início da década de 1970 no Clube dos Leitores, uma importante iniciativa desse homem da cultura niteroiense.

      1. Fiquei bastante triste ao saber hoje do falecimento do professor Aníbal Bragança. Eu fiz uma matéria eletiva dele na UFF chamada o mercado do Livro e ele sempre demonstrou muita paixão pelos livros e sua arte.

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