Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
A premissa da negligência
Um dos lugares mais bucólicos de Niterói-RJ, dono de uma biodiversidade incrível, que acolhe vegetação e fauna da Mata Atlântica, a 10 minutos do mar e ao lado de bairros verticalizados, engarrafados e concretizados, ESTÁ ESQUECIDO há anos pelo poder público.
Com parentes residindo na Estrada do Muriqui Pequeno (a mesma situação se repete na Estrada do Muriqui Grande), pude comprovar que governo após governo, ao longo dos últimos, pasmem, 30 (trinta) anos, o local ainda não conta com coleta de esgoto, calçamento na estrada e coleta de águas pluviais, nos remetendo às características do século 19.
Como resultado, os moradores, a cada chuva forte, ficam praticamente ilhados, sem conseguir se deslocar até para as coisas mais básicas. Como na localidade os imóveis se caracterizam por terrenos grandes, o pequeno número de habitantes prova mais uma vez que os políticos niteroienses olham apenas para os bairros de maior circulação e/ou de maior demografia, marginalizando os demais moradores que, da mesma forma, pagam seus impostos territoriais.
Com as chuvas dos últimos dias, foram feitas operações de “resgate” de moradores, que deixaram suas casas pela impossibilidade de circulação. As fotos em anexo mostram idosos (pelo menos 1 em cadeira de rodas) sendo retirados e o aspecto destruído da estrada, coberta de lama. Sem falar nos deslizamentos de terra ocorridos, deixando insegurança e pânico em todos que residem na região.
Espero que essa mensagem chegue de fato aos responsáveis na Prefeitura de Niterói para que as medidas necessárias possam ser tomadas e que essa localidade linda e cheia de vida possa finalmente entrar no século 21.