A Academia Fluminense de Letras (AFL), dando início às comemorações do seu centenário, reuniu acadêmicos e intelectuais em um simpósio sobre a vida e a obra do padre José de Anchieta, patrono da Literatura e do Teatro Brasileiro. O local escolhido, a igrejinha de São Lourenço dos Índios, tinha um significado muito especial, pois foi ali que o hoje santo realizou em 1587, em Niterói, o Auto de São Lourenço, uma representação teatral da peça de sua autoria escrita em português, espanhol e tupi.
O presidente da AFL, Waldenir Bragança, disse da importância desse evento que valoriza cada vez mais a cultura do Estado do Rio. Os expositores da tarde foram os intelectuais Maximiano de Carvalho e Silva, Eneida Fortuna de Barros, Márcia Pessanha, padre Luiz Cássio Moreira e monsenhor Elidio Robaina, cada um discorrendo sobre a vida e a obra do apóstolo do Brasil. A igrejinha do alto do morro de São Lourenço, construída no lugar histórico em que o cacique Arariboia tomou posse em 1573 de uma sesmaria que se estendia até a atual Praia de Icaraí, a ele concedida em pelo rei de Portugal.